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Conversa com as escritoras Ângela Almeida e Dulce Maria Cardoso | “A Mulher na Literatura”

  • Colóquios/Conferências/Debates/Colloquiums/Conferences
  • Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro
  • 2023-04-19 às 18:00

No âmbito da Livrelinha’23, 2.ª edição da semana do livro, a Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove a conversa com as escritoras Ângela Almeida e Dulce Maria Cardoso, sobre o tema “A Mulher na Literatura”, no auditório da Biblioteca, no dia 19 de abril, pelas 18h00. 

Até aos séculos XVI e XVII a produção literária feminina em Portugal era reduzida, tendo em conta o contexto ideológico, que não reconhecia à mulher o direito ao saber e à cultura. Durante décadas a participação da mulher na esfera literária nacional assumiu-se no anonimato ou sob pseudónimo masculino.

O momento decisivo na produção de textos no feminino dá-se na segunda metade do século XX, temos o exemplo da obra “Novas Cartas Portuguesas”, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, uma escrita que estabelece um momento de criação e um esforço crítico, que interroga o papel da condição feminina na sociedade.

Partindo deste pressuposto de que há uma escrita feminina, podemos colocar como mote para a conversa as seguintes questões: Quais serão os traços característicos de uma escrita no feminino?  Na atualidade qual o grau de representatividade profissional da mulher na Literatura? Qual o legado que a escrita no feminino poderá ter para as futuras gerações de mulheres?

 

Notas Biográficas

Ângela Almeida

Ângela de Almeida é uma investigadora, ensaísta e poetisa portuguesa, natural da cidade da Horta. Doutorada em Literatura Portuguesa, com uma tese intitulada A Simbólica da Ilha e do Pentecostalismo em Natália Correia,  é autora de Retrato de Natália Correia (Lisboa, 1994, Círculo de Leitores),  Natália Correia, Um Compromisso com a Humanidade- Ensaio sobre a Obra Édita e Inédita ( Angra do Heroísmo, 2019, Direção Regional da Cultura) , estudos introdutórios às novas edições de Natália Correia, Não Percas a Rosa / Ó Liberdade, Brancura do Relâmpago (Lisboa, 2015, Ponto de Fuga) e Descobri que era Europeia ( Lisboa, 2017, Ponto de Fuga) . Selecionou os textos e fez o estudo introdutório a Natália Correia, Raiz e Utopia (Lisboa, Ponto de Fuga e CASES-Casa António Sérgio). Neste domínio, realizou conferências na Universidade do Porto, Sorbonne, Teramo, além de outros organismos estatais.

No âmbito da poesia, é autora de sobre o rosto (1989, 1994), manifesto (2005), a oriente (2005), caligrafia dos pássaros (2018; 2022, ed. bilingue, com tradução de Diniz Borges), estado de emergência (2020, coautoria com Henrique Levy), silêncio (coautoria com Henrique Levy e Daniel Gonçalves). É, também, autora de uma narrativa poética e dois livros de viagem. É presença regular em Festivais e Encontros Literários. A sua poesia está representada em algumas antologias e publicada em revistas dedicadas ao tema.

 

Dulce Maria Cardoso

Dulce Maria Cardoso publicou os romances Eliete (2018, livro do ano, entre outros, no PúblicoExpresso e no JL, Prémio Oceanos e finalista do Prémio Femina), O Retorno (2011, Prémio Especial da Crítica e livro do ano dos jornais Público e Expresso), O Chão dos Pardais (2009, Prémio PEN Clube Português e Prémio Ciranda), Os Meus Sentimentos (2005, Prémio da União Europeia para a Literatura) e Campo de Sangue (2001, Prémio Acontece, escrito na sequência de uma Bolsa de Criação Literária atribuída pelo Ministério da Cultura). Os seus romances estão traduzidos em várias línguas e publicados em mais de duas dezenas de países. A tradução inglesa de O Retorno recebeu, em 2016, o PEN Translates Award. Publicou contos em revistas e jornais, a maioria dos quais reunida nas antologias Até Nós (2008) e Tudo São Histórias de Amor (2013). Alguns deles fazem parte de várias antologias estrangeiras, e «Anjos por dentro» foi incluído na antologia Best European Fiction 2012, da Dalkey Archive. Em 2017, foram publicados os textos Rosas, escritos no âmbito da estada em Lisboa de Anne Teresa De Keersmaeker, quando a coreógrafa foi a Artista na Cidade. Criou, ainda, a personagem Lôá, a menina-Deus, para uma série da RT2. A obra de Dulce Maria Cardoso é estudada em universidades de vários países, fazendo parte de programas curriculares, e tem sido objeto de várias teses académicas, bem como adaptada a cinema, teatro e televisão. A autora tem participado em vários festivais de prestígio internacional. Em 2012, recebeu do Estado francês a condecoração de Cavaleira da Ordem das Artes e Letras. Assina, na Visão, a coluna «Autobiografia não autorizada» e é comentadora na estação televisiva SIC, no programa Original é a Cultura.

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