O Instituto Açoriano de Cultura, em parceria com o Museu do Pico, apresenta ao público picaroto no próximo dia 17 de junho (sexta-feira), pelas 21h30, a exposição BALEEIRO: o rochedo do mar, obra fotográfica da autoria de Jorge Barros.
Esta exposição que estará patente até 21 de agosto, no Museu dos Baleeiros (Lajes do Pico), poderá ser visitada de 3.ª feira a domingo das 10h00 às 17h30 (encerrado à 2ª feira).
Recordando que esta exposição já esteve patente nas ilhas Terceira (Museu do Vinho – Biscoitos), Corvo (Casa do Bote) e Faial (Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça), reafirmamos o nosso objetivo de continuar a sua itinerância pelas restantes ilhas do arquipélago que, de um modo ou de outro, estão ligadas à memória da faina baleeira nos Açores.
Esta iniciativa conta com o apoio da Secretaria Regional de Educação e Cultura / Direção Regional da Cultura.
Sinopse: A revisitação do nosso passado recente, que Jorge Barros propõe através de um belíssimo conjunto de imagens/testemunhos de vida, confronta-nos com aspetos e atores identitários do que muitos chamariam de Açorianidade.
Os protagonistas da faina baleeira, mantida até há poucas décadas como garante de vida e exemplo da resiliência e coragem açoriana, dignificaram uma prática generalizada a todo o arquipélago açoriano, demonstrando a coragem e a arte destes terrenos “cavaleiros das ondas”.
Este afloramento imagético com que o fotógrafo nos presenteia, arrasta-nos para a análise desta prática ancestral, responsável pela disseminação de vestígios materiais e imateriais em todas as ilhas do arquipélago, por onde o Instituto Açoriano de Cultura propõe itinerar a presente mostra.
Conscientes da múltipla dimensão épica que este projeto comporta, em que o artista, refém de uma profunda paixão pelos Açores, pelas suas gentes e pelos seus costumes, nos confronta com um conjunto de homens que, através do seu esforço e engenho, contribuíram para a construção do presente insular nacional, é reforçada pela enriquecedora e poética visão crítica de Vasco Pereira da Costa.
Agradecendo esta nova e saudável cumplicidade entre agentes culturais vários, que demonstram a existência de laços indispensáveis para uma desejada rede cultural forte e coerente nos seus objetivos, só nos resta apelar à visualização desta justa e necessária homenagem a todos os nossos ancestrais “rochedos do mar”.
Lá vos esperaremos!
Jorge Barros é um conceituado fotógrafo que nasceu em Alcobaça no ano de 1944. Ao longo da sua carreira fotografou o país de lés-a-lés, sobretudo na temática humana. Grande parte do seu trabalho está reproduzida em diversas publicações, onde tendencialmente se associam as suas fotos a textos em prosa de autores de mérito.
Com o primeiro ordenado comprou a primeira máquina fotográfica e logo ensaiou pequenas reportagens nos mercados e praças da sua cidade natal, Alcobaça. Fascinado pelas imagens da Life, que recebia por assinatura, acaba por experimentar o cinema, colaborando em jornais e revistas, organizando encontros e exposições, obtendo, em 1988, o Prémio de Ilustração da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira.
Poderemos arriscar uma justificação do seu percurso artístico, recorrendo ao que foi dito pelo próprio Jorge Barros: "…o mais importante foi, é, tornar gente Feliz!"