[N. ?, 19.11.1763 ? m. ?, 10.12.1839] Capitão-general, 1804-1806. Iniciou a carreira das armas como cadete em 1780, atingindo o posto de coronel e, depois de cumprir curta missão de governo nos Açores, retomou as fileiras militares sendo promovido ao posto de brigadeiro em 1808 e depois, sucessivamente, marechal de campo e tenente-general em 1810 e 1815, respectivamente. Par do Reino em 1826.
Tendo assumido funções de capitão-general dos Açores em Setembro de 1804, permaneceu no cargo pouco mais de ano e meio, regressando ao continente devido à morte de seu pai, o marquês de Sabugosa.
Por este motivo a sua acção como governante decorreu de forma algo inconsequente, não obstante manifestações de apreço por parte dos locais ? o que aliás seria prática corrente, sendo de destacar as costumadas peças laudatórias do Dr. João Cabral de Melo.
A documentação, nomeadamente um ofício de 13 de Janeiro de 1805 transcrito no volume X do Arquivo dos Açores, permite destacar como áreas que terão merecido maior atenção do capitão-general ? mas acolhidas sem entusiasmo pelas instâncias superiores da corte ? a agricultura e a sempre melindrosa problemática dos baldios, de par com a sangria demográfica causada pelos recrutamentos e pela emigração. O estado da instrução pública, a dramática situação dos expostos e a necessidade de conceder à Graciosa um dos chamados «navios do privilégio» para o Brasil, foram outras das preocupações manifestadas pelo governante.
A sua fugaz passagem pela administração do arquipélago terá impedido que o seu governo tivesse consequências apreciáveis e que a sua acção possa ser avaliada em função dos resultados. Ricardo M. Madruga da Costa
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