[N. Angra do Heroísmo, 21.11.1876 ? m. ibid., 18.10.1947] Assentou praça como recruta no Regimento de Caçadores 10, em 1896 e foi promovido a alferes, em 1910, sendo então sargento ajudante do Regimento de Infantaria 25, aquartelado no Castelo de S. João Baptista. Tinha feito o curso da Escola Central de Sargentos em 1904.
Foi colocado na província de S. Tomé e Príncipe e nomeado governador da fortaleza de S. João Baptista de Ajudá (31.7.1911). Promovido a tenente, em 1914, comandou interinamente o corpo de polícia de S. Tomé (1917) e no ano seguinte foi nomeado director administrativo da brigada da doença do sono na ilha do Príncipe. Promovido a capitão, em 1918, voltou para a metrópole, para em 1919 regressar a S. Tomé onde foi comandante da polícia, chefe dos serviços militares (1920) e defensor oficioso junto do tribunal militar. Em 1922 regressou definitivamente da província de S. Tomé e foi colocado no Regimento de Infantaria 25, na ilha Terceira. Passou à reserva em 1931, mas continuou a servir na companhia de mobilização do Batalhão Independente de Infantaria 17 sendo delegado de serviços em 1945.
Era condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar (1911) e ouro (1926).
Foi também presidente da Câmara Municipal e provedor da Santa Casa da Misericórdia da sua cidade natal.
Escreveu um útil trabalho de descrição e história da fortaleza de S. João Baptista, que tem sido usado como fonte para o conhecimento daquela fortaleza e que como obra de divulgação e compilação de conhecimentos é digna de admiração. J. G. Reis Leite
Obra. (1939), O Castelo de S. João Baptista da Ilha Terceira e a Restauração de 1640. Angra do Heroísmo, Ed. da Livraria Andrade.
Fonte. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cxs. 1.334 e 2.786.