[N. Horta, 24.3.1861 ? m. Lisboa, 18.2.1947] Militar e político. Estudou no Liceu da cidade natal onde foi redactor, com Pedro Machado e Augusto Bulcão, do jornal O *Lyceu da Horta, o primeiro editado pelos estudantes daquele estabelecimento de ensino.
Feitos os preparatórios na Escola Politécnica, em Lisboa, assentou praça em 1880 e foi promovido a alferes em 1883. Atingiu o posto de coronel, passando à reserva em 1919. Parte da sua carreira militar foi feita nos Açores onde também promoveu o desenvolvimento da instrução pública.
Não obstante ser filho de Manuel Francisco *Medeiros (segundo de nome), chefe do Partido Progressista, na Horta, defendeu, desde muito novo, ideias republicanas a que se manteve fiel até à morte. Integrou a comissão promotora das comemorações do Centenário do Marquês de Pombal. Com a implantação da República, foi eleito deputado às Constituintes e, depois, senador (1911-1915), assumindo a presidência do Senado. Foi ministro da Instrução no governo de Pimenta de Castro.
Foi autor de um projecto de Constituição, em 1911, e integrou a comissão encarregada de estudar a reorganização do exército.
Foi condecorado com a Ordem de Avis. Luís M. Arruda
Bibl. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (s.d.), Lisboa-Rio de Janeiro, Ed. Enciclopédia, XVI: 674. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura.