Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

filarmónicas

Através do testemunho de Gaspar Frutuoso constata-se que os açorianos se dedicavam às actividades musicais desde os primeiros tempos do povoamento. Contudo, as bandas de música são um fenómeno sociocultural mais recente que se expande a partir da segunda metade do século XIX. A notícia mais antiga que se conhece data de 1818 em que um graciosense, Timóteo Espínola de Sousa Bettencourt, regressou do Brasil acompanhado por uma filarmónica toda ela composta por negros. Uns anos depois, 1831-1832, chegaram a Angra do Heroísmo e a Ponta Delgada duas bandas de música, integradas nas forças liberais provenientes de França e Inglaterra, o Batalhão de Caçadores 5 e o Regimento de Infantaria 18. Por ali permaneceram pouco tempo, porque acompanharam a expedição militar em direcção ao Norte do país, mas a sua presença foi suficiente para agitar as localidades por onde desfilaram. Foi por esta altura que se publicou legislação no suplemento n.o 23 da *Chronica da Terceira, publicação correspondente ao Diário do Governo, a determinar que «os regimentos terão uma Banda de Muzica, constituída por: um Mestre, oito muzicos, um tambor-mor, um cabo de tambores e dois pifanos» (Dec. de 28 de Setembro de 1831). As charangas militares iniciariam a partir de então a sua actividade, o que muito terá contribuído para o aparecimento de bandas de música civis. Aliás a própria farda, hoje simplificada, é uma evolução da farda militar. O movimento associativo, de carácter recreativo e cultural que se desenrolou nas cidades do arquipélago como face visível da maçonaria, não foi alheio ao aparecimento de diversos grupos musicais. Mais elitistas, ou mais populares, todos passaram gradualmente a fazer parte da festa urbana. Assim se criaram os arraiais em torno das festas do Espírito Santo, do Senhor Santo Cristo e se promoveram actuações nos dias santificados nos lugares públicos mais concorridos. Os caciques locais não descuraram esta vertente impulsionando e contribuindo para a criação dos seus grupos. Veja-se, por exemplo os *hinos que as filarmónicas dedicavam aos seus protectores, na rubrica Hinos, na Biblioteca Açoreana, de Ernesto do *Canto. Nas festas comemorativas da revolução liberal, os caciques desfilavam pelas ruas fazendo-se acompanhar pelas respectivas bandas para atrair e animar a população. A política passou a ter música, mas na maioria dos casos a música não tinha política. Gradualmente, a filarmónica tornou-se uma presença constante nos mais variados eventos de carácter profano ou religioso, convivendo durante algum tempo com os foliões da sociedade do Antigo Regime. Mas foi a banda que passou a dar solenidade ao que até então era um acontecimento banal. Um simples funeral transformava-se num evento repleto de gratidão colectiva, com uma nota trágica até então inusitada.

Rivalidades, muita carolice e amor à arte são factores que têm contribuído para a permanência das filarmónicas. Um movimento que perpassa todos os grupos sociais, embora nalguns casos tenha estado presente a diferenciação. Levantar uma filarmónica exigia e exige algum investimento na compra dos instrumentos e dos fardamentos. Se os caciques impulsionaram e contribuíram para a criação de alguns grupos, na maior parte dos casos foi com a contributo das populações e o sacrifício dos participantes que elas se sustentaram. E assim a banda passou a ser um símbolo de identidade e de orgulho da respectiva freguesia. Deste modo, se criaram centenas de filarmónicas por todo o arquipélago, muitas delas com vida efémera, mas que logo davam origem a outros agrupamentos, com nomes diferentes. Verdadeiras escolas de arte e de civilidade que atingiram milhares de cidadãos ao longo dos tempos. Todo este movimento acabou por influenciar e enriquecer outras actividades culturais. Eram os próprios músicos que constituíam as orquestras dos grupos de teatro, conhecidos por comédias; que acompanhavam e acompanham as *Danças do Entrudo, as marchas populares, etc. Foi também por intermédio das filarmónicas que se aprofundou a confraternização insular. A partir dos inícios do século XX, no intercâmbio que então se promoveu entre as ilhas, as filarmónicas desempenharam um papel fundamental no estreitamento dos laços entre os ilhéus (ver Açorianismo). Essa dinâmica permanece no presente, nomeadamente por altura das festas de Verão. Os desfiles são um ponto alto do programa de muitas festas em que participam bandas de várias ilhas. A ligação aos núcleos de emigração surge como um prolongamento natural de todo este movimento, como um factor de unidade. Por outro lado, o contributo dos emigrantes para a sustentação de muitas bandas é outro factor não desprezível. Graças a esta herança cultural se mantém vivo o apego à arte musical, apesar de todo o sacrifício, dado que os apoios públicos sempre foram escassos. No tempo da I República, algumas Câmaras Municipais chegaram a dar subsídios às bandas para actuarem em determinados eventos, mas foi sol de pouca dura. As únicas recompensas para os músicos eram as sopas ou as rosquilhas de massa sovada quando participavam nas festas do Espírito Santo. No período do Estado Novo, muitas das filarmónicas beneficiaram da construção de sociedades recreativas, suportadas pelas próprias populações, que lhes proporcionou um espaço adequado para os ensaios. Mais recentemente, o apoio do Governo Regional tem sido fundamental para uma melhoria da qualidade: formação de regentes, alojamentos condignos e verbas que permitem aquisição de instrumentos e fardamentos. Sensivelmente, até ao «25 de Abril», só os homens integravam as bandas. A partir de então, raparigas de várias idades são uma presença constante em quase todas as filarmónicas.

Pela lista das 103 filarmónicas existentes em 2003 [cf. lista de filarmónicas], constata-se que, em percentagens arredondadas, 46% foram fundadas no período da Monarquia Constitucional; 11% no período da I República; 28% na vigência da Ditadura Militar e do Estado Novo e 14% no regime democrático após o «25 de Abril». Regista-se, assim, nos Açores a média mais elevada de filarmónicas por habitante a nível do país: uma filarmónica por 2.500 habitantes. No continente e na Madeira a situação é completamente diferente, dado que a relação será de uma para 20 e 40 mil habitantes, respectivamente. Carlos Enes

Bibl. Cabral, J. M. (1985), Filarmónicas da ilha de São Miguel. Angra do Heroísmo, Instituto Açoriano de Cultura. Gomes, F. (1997), A Ilha das Flores: da redescoberta à actualidade (subsídios para a sua história). Flores, Câmara Municipal de Lajes das Flores. Merelim, P. (1967), Filarmónica Recreio dos Artistas. Angra do Heroísmo, União Gráfica Angrense. Id. (1974), As 18 paróquias de Angra ? sumário histórico. Angra do Heroísmo, Tip. Minerva Comercial. Id. (1983), Freguesias da Praia. 2 vols., Angra do Heroísmo, Direcção Regional de Orientação Pedagógica da Secretaria de Educação e Cultura. Monterey, G. (1979/1981), 5 guias turísticos dos Açores. Porto, Ed. do Autor. Pacheco, N. (1997), Tradições musicais da ilha Graciosa. Graciosa, Academia Musical da Ilha Graciosa. Trigueiro, J. A. A. (2000), Filarmónicas da Ilha do Corvo ? subsídios históricos 1916-1999. Corvo, Câmara Municipal do Corvo.

 

Lista de filarmónicas

(# assinala aquelas activas em 2003)

 

SANTA MARIA

Banda Marcial Mariense (1860?); Banda 15 de Agosto (1899); Banda Recreio Espirituense# (1923)

 

SÃO MIGUEL

Filarmónica Micaelense, Ponta Delgada (1842); Banda Harmónica Recreativa dos Artistas Michaelenses (1846); Harmónica Micaelense, Ponta Delgada (1848); Sociedade Escholastica Philarmonica, Ribeira Grande (1849); Banda Lyra Lagoense (1850); Banda Marcial Estimulo, Ponta Delgada (1851); Banda Timbre, Vila Franca do Campo (1853); Banda Triunfo, Ponta Delgada (1853); Harmónica Artista ou Marcial dos Artistas, Ponta Delgada (1856); Banda União, Água de Pau (1859); Banda Marcial Trofeo#, Povoação (1860); Banda Eco Edificante#, Nordeste (1861); Música do Tamborinho, Ponta Delgada (1863), Banda Marcial Progresso, Ponta Delgada (1864); Banda Marcial da Luz, Fenaes da Luz (1864); Banda Estímulo Artístico, depois Fraternidade Rural#, Água de Pau (1865); Philarmonica de Nossa Senhora das Neves# (também usou a designação de Popular Progressista Relvense), Relva (1866); Banda Lealdade Artística#, Vila Franca do Campo (1867); Banda Lira do Norte#, Rabo de Peixe (1867); Banda Fraternidade, Ribeira Grande (1868); Banda Emoção Popular, Lagoa (1868); Banda Melodia Furnense# (1868); Banda Recreio Musical dos Mosteiros# (1868), actual Banda Fundação Brasileira; Banda Aliança, Água de Pau (1870); Banda Estrela do Norte#, Fenaes da Ajuda (1870); Banda Rival das Musas, Ponta Delgada (1871); Recreio dos Amigos, Fenaes da Luz (1871); Banda Voz do Progresso, Ribeira Grande (1874); Banda São Salvador do Mundo#, Ribeirinha (1877); Banda Euterpe, Ponta Delgada (1877); Banda União dos Amigos#, Capelas (1879); Banda Triumpho da Inveja, Capelas (1880); Banda Triunfo#, Ribeira Grande (1880); Banda União Fraternal, Ponta Delgada (1880); Banda Camões, Vila Franca do Campo (1880); Banda Camponeza Fraternidade, Ribeira Grande (1882); Banda Marcial Bom Jesus, Rabo de Peixe (1882); Banda Amor da Pátria, Água de Pau (1883); Banda Recreio dos Amigos (Aflitos), Fenaes da Luz (1885), reaparecida em 1935; Banda Harmonia Mosteirense# (1885); Orquestra 1.o de Dezembro, Ponta Delgada (1886); Banda Progresso do Norte, Rabo de Peixe (1888); Banda Estrela d?Alva#, Lagoa (1889); Banda União e Arte, Povoação (1891); Banda União e Amizade#, Lomba do Loução (1892); Filarmónica da Imaculada Conceição#, Lomba da Fazenda (1893); Banda Triunfo, Fajã de Baixo (1893); Sociedade Musical Coração de Jesus#, Faial da Terra (1894); Filarmónica de Ponta Garça ou Lira do Sul# (1896), reaparecida em 1923; Banda Triunfante ou Lira de São Roque# (1899), reaparecida em 1948; Banda Estrela do Oriente#, Algarvia (1900); Banda Voz de Monforte, Ribeira Seca da Ribeira Grande (1903); Banda Minerva#, Ginetes (1906); Banda União Progressista#, Vila Franca do Campo (1907); Banda Lira Euterpe, Povoação (1908); Banda Eco Musical#, Arrifes (1910), depois Lira Nossa Senhora da Saúde; Banda de Nossa Senhora da Oliveira#, Fajã de Cima (1911); Banda União dos Amigos, Bretanha (1912); Banda Rival Outeirense, Arrifes (1912); Fanfarra Marcial Troféu, Povoação (1912); Banda Lira do Oriente, Fajã de Cima (1912); Banda Lira Açoriana, Ponta Delgada (1913); Banda Lira dos Prazeres, Pico da Pedra (1914); Banda Lira Camponesa, Ribeira Seca de Vila Franca do Campo (1914); Banda Lira Luz e Glória, Fenaes da Ajuda (1915); Banda Artista Micaelense, Ponta Delgada (1916); Banda Lira do Rosário#, Lagoa (1920); Banda União dos Prazeres Micaelense, Pico da Pedra (1921); Lira de Santa Luzia, Feteiras (1924); Banda Lira de Santa Luzia, Feteiras (1927); Recreio dos Aflitos, Fenaes da Luz (1935); Banda Lira do Espírito Santo#, Maia (1937); Banda Lira das Sete Cidades# (1946); Banda de Nossa Senhora de Penha de França#, Água Retorta (1947); Banda Nossa Senhora da Luz#, Ponta Delgada (1976); Banda Lira de Nossa Senhora da Estrela#, Ponta Delgada (1983); Sociedade Recreativa Filarmónica Nossa Senhora das Vitórias, Santa Bárbara (1984); Filarmónica de Nossa Senhora dos Remédios#, Bretanha (1986)

 

TERCEIRA

Sociedade Filarmónica Recreativa, Angra (1850); Filarmónica Terceirense (1856); União Praiense (1866); Filarmónica Agualvense (1868); Harmónica Popular Angrense (1870); Sociedade Filarmónica Recreio Serretense# (1873); Harmónica Lajense (1874); Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio dos Artistas#, Angra (1877), sucessora da Harmónica Progressista; Sociedade Filarmónica Recreio de Santa Bárbara# (1877); Filarmónica Altarense do Sagrado Coração de Jesus#, Altares (1879); Sociedade Musical União das Fontinhas# (1884); Sociedade Recreativa e Musical São Sebastião# (1886); Sociedade Filarmónica Popular Praiense (conhecida como a do Artistas), (1886); Sociedade Filarmónica Recreio dos Lavradores#, Ribeirinha, ex-Harmónica Recreio dos Lavradores (1889); Filarmónica União Praiense# (1904); Filarmónica Santo António, Porto Judeu, (1904); Sociedade Filarmónica União Católica da Ribeirinha# (1904); Filarmónica Espírito Santo da Casa do Povo de São Bartolomeu# (1905); Fanfarra D. Carlos I, depois Pátria e Liberdade e Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral#, Angra (1906); Sociedade Filarmónica Popular Angrense (1908); Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva# (1922); Sociedade Musical Recreio da Juventude da Terra Chã# (1928); Sociedade Filarmónica Recreio Lajense# (1931); Sociedade Progresso Biscoitense# (1935); Sociedade Progresso Lajense# (1947); Sociedade Brianda Pereira (1955); Filarmónica Lira do Espírito Santo de Vila Nova# (1955); Sociedade Recreativa Biscoitense# (1959); Associação Filarmónica Cultural e Recreativa «Santa Bárbara»#, Fonte do Bastardo (1983); Sociedade Recreativa Filarmónica União de São Brás# (1984); Sociedade Recreativa Rainha Santa Isabel das Doze Ribeiras# (1985); Grupo Filarmónico Nossa Senhora das Mercês#, Feteira (1986); Filarmónica Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras# (1987); Banda de Música de Santa Beatriz das Quatro Ribeiras# (1992); Filarmónica da Casa do Povo de São Mateus# (1994); Filarmónica da Associação Cultural do Porto Judeu# (2000).

 

SÃO JORGE

Sociedade União Popular de Instrução e Recreio#, Ribeira Seca (1854); Sociedade Filarmónica Velense (1868); Sociedade Instrução e Recreio Club União#, Topo (1869); Sociedade Filarmónica Recreio e Progresso dos Lavradores#, Santo Antão (1886); Sociedade Estímulo#, Calheta, (1895), Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Nova Aliança#, Velas (1900); Recreio Calhetense (1911); Filarmónica Liberdade, Velas, (1880 e 1929); Sociedade Lusitânia Club Recreio Velense# (1923); Sociedade União Urzelinense#, sucessora da Filarmónica Triunfo (1923); Sociedade Filarmónica Recreio Amarense#, Santo Amaro (1929); Sociedade Filarmónica Recreio Nortense#, Norte Grande (1931); Sociedade Filarmónica Recreio Terreirense#, Terreiros (1935); Sociedade Filarmónica União Rosalense#, Rosais (1935); Sociedade Filarmónica Recreio dos Nortes#, Santo Antão (1945); Sociedade Filarmónica Recreio Topense# (1955, com uma antecessora em 1891); Sociedade Filarmónica Nova Aliança#, Santo Antão (1971); Filarmónica Recreio de São Lázaro#, Norte Pequeno (1981).

 

GRACIOSA

Banda com executantes de Santa Cruz e Praia, em 1857, extinta em 1861; Filarmónica Graciosense (1868); Sociedade Filarmónica União Praiense# (1889); Filarmónica Liberdade (1903); Filarmónica Rival, Praia (1906); Filarmónica Recreio dos Artistas#, Santa Cruz (1913); Filarmónica União Popular, Praia (extinta em 1937); Filarmónica União Popular Luzense# (1938), sucessora de uma outra com o mesmo nome que existiu entre 1903-1913; Filarmónica União Progresso do Guadalupe# (1963).

 

FAIAL

Sociedade Filarmónica Artista Faialense#, Horta (1858); Sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense# (1881); Sociedade Filarmónica Unânime Praiense#, Praia do Almoxarife (1881); Sociedade Filarmónica União Faialense, Angústias (1897); Harpa Recreativa Fayalense, Conceição (1900); Real Sociedade União Musical da Horta (1906); Sociedade Filarmónica Euterpe de Castelo Branco# (1912); Lira e Progresso Feteirense# (1921); Recreio Musical Ribeirinhense# (1924); Nova União Recreativa Feteirense (1937-1939); Filarmónica Lira Campesina Cedrense# (1981), continuadora de outra fundada em 1927.

 

PICO

Filarmónica Liberdade Lajense# (1864); Sociedade Filarmónica União Artista, São Roque#, (1880); Lira Fraternal Calhetense, Calheta do Nesquim# (1888); Lira Madalense# (1897); Recreio Ribeirense#, Santa Cruz das Ribeiras (1900); Recreio dos Pastores#, São João, (1907); Sociedade Filarmónica Liberdade#, São Roque (1910); União e Progresso Madalense# (1917); Sociedade Recreio União Prainhense#, Prainha do Norte (1934); União Musical da Piedade# (1944); Recreio Santamarense#, Santo Amaro (1946); Sociedade Filarmónica União Ribeirense#, Santa Bárbara das Ribeiras (1950).

 

FLORES

Filarmónica Amizade, Santa Cruz (1875); Filarmónica Amor da Pátria, Santa Cruz (1892); Filarmónica União Musical Operária de Nossa Senhora da Conceição, Santa Cruz (1915); Filarmónica União Musical Florentina, Santa Cruz (1915), depois Sociedade Filarmónica «Dr. Armas da Silveira»#; Filarmónica Lombense «Manuel Martins», Lomba, (1931); Filarmónica Nossa Senhora do Rosário, Lajes, (1932); Filarmónica União Fazendense da Califórnia, Fazenda das Lajes, (1938); Filarmónica União Musical Nossa Senhora da Saúde#, Fajã Grande (1951); Filarmónica União Operária e Cultural Nossa Senhora dos Remédios#, Fajãzinha (1953); Filarmónica União Progresso Musical, Ponta Delgada (1986).

 

CORVO

Filarmónica União Musical Corvina (1918); Sociedade Filarmónica Lira Corvense# (1938), com algumas interrupções.