[N. Madalena, ilha do Pico, 29.6.1754 ? m. Lisboa, 16.6.1833] Saiu da sua ilha natal sem meios de fortuna, foi marinheiro, piloto e em seguida capitão e por fim co-proprietário, com o mariense José Inácio de *Andrade, de navios da carreira entre Lisboa e Macau. Com este comércio fez uma fortuna notável, tendo-se estabelecido como comerciante de grosso trato na cidade de Lisboa.
Em 1818 adquiriu os navios Delfim e Golfinho para comércio de escravatura, mas desistiu do intento, porque um tratado com a Inglaterra proibiu tal negócio.
Quando se deu a revolução de 1820, primeiro no Porto e depois em Lisboa, a 15 de Setembro, constituiu-se uma Junta intitulada Junta Provisional do Governo Supremo do Reino que Nunes da Silveira integrou com mais doze colegas, entre eles o terceirense Francisco de Lemos *Bettencourt.
Fez ainda parte da Junta Preparatória das Cortes, mas não foi eleito deputado, possivelmente devido a um ataque apoplético que o deixou meio paralítico.
Morreu nas vésperas da tomada de Lisboa pelo Exército Libertador, solteiro, mas com filhos reconhecidos e testamento. J. G. Reis Leite
Bibl. Serpa, A. F. (1917), Dois açorianos no ?governo interino? proclamado em 15 de Setembro de 1820 e depois na ?Junta Provisional do Governo Supremo do Reino?. Arquivo da Universidade de Lisboa, IV: 152-191.