[N. Angra, 7.12.1778 ? m. Pernambuco, ?] Homem de negócios da praça de Angra dedicando-se ao comércio da laranja com a Inglaterra. Foi eleito para a vereação camarária de 1809, foi procurador do Concelho, por duas vezes e almotacé por três vezes. Empreendeu importantes obras na cidade enquanto vereador.
Serviu o lugar de inspector da Agricultura dos Açores a partir de 1819 e nessa qualidade publicou dois trabalhos de especialidade, onde faz judiciosas reflexões acerca da problemática da agricultura na Terceira.
Foi um dos membros fundadores da Sociedade Patriótica Filantropia, uma loja maçónica que preparou a primeira revolta liberal na Terceira, a 2 de Abril de 1821, em que esteve implicado e por isso foi preso. Quando do restabelecimento da Capitania Geral e do fim do vintismo, em 1823, abandonou Angra e emigrou para Pernambuco onde se dedicou ao comércio por grosso e à indústria e aí morreu em data incerta. J. G. Reis Leite
Obras (1822), reflexões sobre a agricultura, indústria e comércio da ilha Terceira. Lisboa, Typ. Rolandiana [reproduzido no Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1980, 38: 193-220]. (1822), Refutações aos pareceres dos ilustres vereadores e juizes ... do concelho de Angra sobre o modo de obstar aos athentados commetidos contra as propriedades afforadas pela Junta do Melhoramento da Agricultura das ilhas dos Açores. Lisboa, Tip. Rolandiana.
Bibl. Forjaz, J. e Mendes, A. (2007), Genealogias da ilha Terceira. Lisboa, Dislivro, CVIII: 746-748.