[N. Campo Maior, 16.7.1849 ? m. Lisboa, 22.4.1921] Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra (1874) iniciou a sua carreira profissional na Golegã. Em 1880 foi nomeado lente da Escola Politécnica, de Anatomia e foi também docente no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, desde 1889 pertenceu aos quadros do Ministério da Fazenda como inspector do serviço técnico das alfândegas.
Com uma carreira política, inscrito no Partido Progressista foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa e eleito deputado por vários círculos entre 1887 e 1901. Nesse período foi eleito deputado pelo círculo da Horta para a legislatura de 1890-1892, nas listas progressistas, pelas minorias. Foi ainda eleito par do reino por Aveiro na eleição de 1894.
Em 1900 abandonou os progressistas e passou-se para os regeneradores sendo ministro da Fazenda (1900) e dos Negócios Estrangeiros (1901) no governo de Hintze Ribeiro. Por carta régia de 14 de Maio de 1902 foi nomeado par vitalício e recebeu o título de conselheiro, em 1890.
Enquanto deputado pela Horta foi co-autor do projecto de lei sobre o cabo telegráfico nos Açores (20 de Julho de 1890). J. G. Reis Leite
Bibl. Leite, J. G. R. (1995), Política e Administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 98-99. Mónica, M. F. (coord.), (2006), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910). Lisboa, Assembleia da República, III: 569-570.