[N. Roma, Itália, 17.6.1925 ? m. Villepinte, França, 13.6.1986] Príncipe, era filho de uma família destacada da nobreza italiana, e realizador de cinema. Tem sido considerado como um dos representantes mais activos do grupo que experimentou novas técnicas de tomada de imagem e de som em benefício da criação artística e do comentário conhecido por «cinema da verdade» ou «cinema directo», expressão que usou num relatório destinado à UNESCO. A sua obra, porque limitada a curtas metragens, é pouco conhecida. Todavia, idêntica àquela de Jean Rouch, Michel Brault ou até Pierre Perrault, é contribuição importante para a história moderna dos documentários.
Em 1956, nos Açores, rodou o documentário Les hommes de la baleinne a propósito dos últimos baleeiros do arquipélago e da caça ao cachalote com arpão, uma prática tida como abandonada há muito.
É autor do romance A la recherche du cachalot, traduzido em várias línguas, incluindo a portuguesa com o título A Pesca do Cachalote. Os Açores são o cenário em que decorre a primeira parte deste livro. A personagem Niels Anderson é fictícia, mas encarna as aventuras verdadeiras de muitos caçadores de cachalotes que o autor teve possibilidade de recolher, bem como as aventuras que ele próprio viveu. Luís M. Arruda
Obra. (1960), A Pesca do Cachalote. Lisboa, A. M. Teixeira.
Bibl. O Telégrafo (1960), Horta, n.º 18.248, 3 de Novembro [Falar das ilhas para seu conhecimento].