[N. Angra do Heroísmo, 9.1.1846 ? m. Lisboa, 11.5.1918] Era conhecido na sociedade angrense por general Elias. Filho de Elias José Ribeiro, major arquivista da 5.ª Divisão Militar e de D. Adelaide Lobão Ribeiro, pertencia a uma conhecida família burguesa com pergaminhos militares.
Assentou praça como voluntário no Regimento de Infantaria 16, em 1865, e fez o curso da arma de Infantaria sendo sucessivamente promovido a alferes, em 1868; tenente, em 1873; capitão, em 1879; major, em 1889; tenente-coronel, em 1893; coronel, em 1896; general de brigada, em 1907; e general nesse mesmo ano. Passou à reserva em 1913 e à reforma em 1916.
Fez parte significativa da sua carreira em Angra do Heroísmo, como ajudante de campo do comandante da 5.ª Divisão (1857-1877), como oficial de Caçadores 10, aquartelado no Castelo de S. João Baptista e no comando militar central dos Açores. Foi comandante do Distrito de Recenseamento e Reserva n.º 34, em Angra em 1895. Como coronel comandou o Regimento de Caçadores 10 (1896) e o seu sucessor o Regimento de Infantaria 25 (1899), ambos aquartelados no castelo de S. João Baptista. Ainda como coronel comandou a 3.ª Brigada de Infantaria em Lisboa e daí passou a governador interino do castelo de S. João Baptista (6 de Setembro de 1906) e efectivo com a promoção a general de brigada (7 de Novembro de 1907) sendo exonerado a 30 de Dezembro de 1909, passando a Secretário de Guerra. Comandou a 4.ª Divisão Militar e a 1.ª Divisão do Exército de 13 de Julho de 1912 a 25 de Janeiro de 1913, data da passagem a reserva.
Foi condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar (1880), Ordem de Cristo, Cavaleiro (1881) e Ordem de S. Bento de Avis, Cavaleiro (1885), Oficial (1895), Comendador (1896) e Grande Oficial (1908).
Foi colaborador de vários jornais angrenses. J. G. Reis Leite
Fonte. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cx. 1456.