Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Queirós, Tomé José de Barros

[N. Quintãs, Ílhavo, 2.2.1872 ? m. Lisboa, 5.5.1926] De uma família modesta de lavradores começou a trabalhar muito cedo e em 1888 empregou-se como caixeiro. Frequentou a escola nocturna (Escola Elementar do Comércio). No comércio progrediu de empregado até proprietário de uma loja de candeeiros em Lisboa (1911) e da firma Casa José de Oliveira.

Colaborou na imprensa, fundando a Voz do Caixeiro e criou a Associação dos Caixeiros Nocturnos. Participou na reforma dos serviços públicos e foi director de várias companhias e presidente da Administração da Companhia dos Caminhos-de-Ferro (1910-1916).

Na política militou e foi dirigente do Partido Republicano Português (1888), do Centro da Fraternidade Republicana (1889), do Partido Unionista (1911 e 1919), do Partido Liberal (1919) e por fim do Partido Nacionalista, cuja bancada parlamentar chefiou.

No fim da Monarquia foi vereador da Câmara de Lisboa e na República ingressou no Ministério das Finanças, onde foi secretário-geral prestando vários serviços no sector financeiro do Estado.

Fez uma longa carreira parlamentar como deputado por Lisboa (1911) e Torres Vedras (1911-1915), mas voltou ao parlamento como deputado por Lisboa (1919-1921) para nesse ano chefiar o governo acumulando com a pasta das finanças. Em 1922 foi eleito deputado pelo círculo da Horta e na legislatura seguinte por Lisboa (1922-1924). J. G. Reis Leite

Bibl. Marques, A. H. O. (2000), Parlamentares e Ministros da Primeira República (1910-1926). Lisboa, Assembleia da República: 358-359.