[N. Angra do Heroísmo, 4.3.1897 ? m. Lisboa, 15.8.1963] Jornalista. Sem ter concluído os estudos a nível do ensino secundário, fez o curso da Escola Central de Sargentos. Na qualidade de militar entrou na revolta monárquica de Monsanto e manteve-se ligado ao general Gomes da Costa, tendo sido seu secretário, logo após o golpe de 28 de Maio de 1926. Na qualidade de jornalista, colaborou em A Capital, O Século da Noite, Monarquia, Correio da Manhã, Revolução, Vanguarda e também com o Correio dos Açores e o Diário dos Açores. A sua actividade jornalística prolongou-se por outros periódicos ou revistas que fundou e dirigiu: Mocidade de Lisboa, Revista Insular e de Turismo, A Grande Novela, A Guerra, Revista dos Combatentes da Grande Guerra, Gazeta dos Caminhos-de-Ferro e Viagem. Nestas publicações privilegiou a propaganda açoriana em variadas reportagens. Sempre ligado à comunidade açoriana residente na capital foi um dos dinamizadores da fundação do Grémio Açoriano (1927), ficando como sócio número um. Foi secretário da secção de História da Sociedade de Geografia de Lisboa e de outras agremiações culturais. Recebeu várias condecorações: Campanha do Exército Português (França, 1914-17); Nações Aliadas e outras por bons serviços prestados à Cruz Vermelha. Carlos Enes
Obras principais. (1930), Manual do viajante em Portugal. Lisboa, Tip. Gazeta dos Caminhos-de-Ferro. (1931), O açoriano na Grande Guerra. Lisboa, Ed. da Revista Insular e de Turismo. (1932), O último dia de um condenado (drama). Lisboa, Of. da Gazeta dos Caminhos-de-Ferro. (1932), Contos amargos da guerra. Lisboa, Of. da Gazeta dos Caminhos-de-Ferro. (1951), Viajando pela Europa, Itália. vol. I, Lisboa, s.n..
Bibl. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (s.d.). Lisboa-Rio de Janeiro, Editora Enciclopédia Limitada, XIX: 651. Lisboa, E. (coord.) (1994), Dicionário Cronológico de Autores Portugueses. Mem Martins, Publicações Europa-América, III: 516.