[N. Lisboa, 1818 ? m. Horta, 25.11.1886] Médico e político. Em 1839, ano em que se formou em Medicina, veio para a Horta, onde fixou residência.
Como médico, estava sempre pronto, sempre assíduo, a todas as horas do dia e da noite, nas ilhas do Faial e do Pico. «Coração de oiro, abria-o a todos os infortúnios; alma nobilíssima, alma de eleição, modelava-a nos exemplos sublimes da honradez; espírito culto, punha-o ao serviço dos seus numerosos clientes sem buscar saber se tinham ou não cheias as algibeiras!» escreveu sobre ele o jornal Folha Insulana (1888).
Desempenhou funções de guarda-mor, desde 1844 (Macedo, 1871: 178) e tinha honras de cirurgião-mor do Exército.
Como político, foi chefe do Partido Regenerador por muitos anos e tinha uma larga influência. Foi governador civil do distrito da Horta por decreto de 31 de Janeiro de 1878 e exonerado com a queda do governo regenerador, por decreto de 3 de Junho de 1879, servindo desde 15 de Maio de 1878 até 12 de Junho de 1879. Nessa época foi-lhe conferida a carta de conselheiro. Exerceu o cargo de conselheiro do distrito por mais de vinte anos e foi eleito, por diversas vezes, procurador à Junta Geral (Pico (O), 1886; Fayalense (O), 1879).
Era sócio correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa e Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Luís M. Arruda
Bibl. Macedo, A. L. S. (1871), História das quatro ilhas que formam o districto da Horta. Horta, Typ. de L. P. da Silva Correa. Fayalense (O) (1879), Horta, ano 22, n.º 45, 15 de Junho [Junta geral do districto]. Folha Insulana (1888), Horta, ano I, n.º 8, 28 de Junho [Pantheon Açoriano, Dr. António Maria d?Oliveira]. Pico (O) (1886), Madalena, nº 78, 5 de Dezembro [sem título].