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Noronha, Manuel Homem da Costa

[N. Angra, 13.1.1828 ? m. ibidem, 5.11.1897] Era filho do barão de Noronha (Pedro Homem da Costa Noronha), mas não se habilitou ao título. Foi herdeiro único da casa, meio arruinada, dos Noronhas.

Distinguiu-se na política e no jornalismo, mas militou, ao contrário da tradição familiar, no Partido Regenerador. Contudo, quando se deu a dissidência de Barjona de Freitas, na sequência da morte de Fontes Pereira de Melo, seguiu aquele e foi um entusiasta na Terceira, com Álvaro de Brito *Albuquerque, da esquerda democrática, por cujo programa lutou no jornal O Imparcial, causando graves problemas ao seu partido, principalmente na eleição para deputados em 1889.

Ocupou vários cargos públicos, como vice-presidente da Câmara de Angra, procurador à Junta Geral e presidente da comissão executiva e governador civil do distrito (1895-1896). Foi membro da Comissão Autonómica do Distrito de Angra do Heroísmo e um dos relatores do relatório daquela comissão.

Foi eleito deputado às Cortes pelo círculo de Torres Novas na legislatura de 1865-1868, mas a sua passagem pelo parlamento foi apagada. J. G. Reis Leite

Bibl. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890-1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 280 e segs.. Id. (1999), A eleição para deputados, de 1889, no círculo de Angra do Heroísmo In Fraternidade e abnegação a Joaquim Veríssimo Serrão os amigos. Lisboa, Academia da História: 781-796. Mónica, M. F. (coord.) (2006), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910). Lisboa, Assembleia da República, III: 74-75. Soares, E. C. C. A. (1944), Nobiliário da Ilha Terceira. 2.ª ed., Porto, Liv. Fernando Machado, II: 192.