[N. Angra do Heroísmo, 29.12.1832 ? m. Lisboa, 29.6.1884] Seu pai era um negociante de frsca data na cidade, mas com meios suficientes para o mandar estudar para a Universidade de Coimbra por onde foi bacharel em Direito (1855). Regressou à sua cidade natal onde foi secretário-geral do Governo Civil, além de delegado do procurador régio. Em 1865 foi eleito director da Sociedade Promotora das Letras e Artes, mas nesse mesmo ano abandonou Angra e foi ocupar o cargo de secretário-geral do Governo Civil do Porto. Entrou posteriormente para o quadro do Ministério do Reino onde exerceu a partir de 1870 e até à morte o cargo de director-geral da administração política e civil. Ocupou ainda o cargo de fiscal e comissário do governo junto da Companhia Real dos Caminhos de Ferro.
Em 1856 foi eleito deputado pelo círculo de Angra do Heroísmo para a X Legislatura (1857-1858) pelo Partido Histórico, tendo depois sido filiado no Partido Progressista.
Foi redactor do jornal O Direito (1875).
Recebeu a mercê do título de conselheiro.
É avô materno de Fernando Pessoa, que fala dele nas cartas que endereçou a Armando Cortes-Rodrigues.
J. G. Reis Leite
Bibl. Merelim, P. (1974), Fernando Pessoa e a Terceira. figuras do navio materno do poeta. Angra do Heroísmo, Instituto Açoriano de Cultura [colecção Ínsula, n.º 7]: 7-11. Mónica, M. F. (coord.) (2006), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910). Lisboa, Assembleia da República, III: 61-62. Rodrigues, V. L. G. (1985), A geografia eleitoral dos Açores de 1852 a 1884. Ponta Delgada, Universidade dos Açores: 46-47.