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Martins, Vitoriano da Rosa (Barão da Ribeirinha)

[N. Ribeirinha, Castelo Branco, Horta, 3.5.1843 ? m. Conceição, Horta, 24.8.1921] Grande proprietário, comerciante e político. Filho de família modesta, tornou-se num dos 40 maiores contribuintes da sociedade hortense no último quartel do século XIX.

Militante destacado do Partido Regenerador, foi provedor da Santa Casa da Misericórdia da Horta, vereador e presidente da Câmara e administrador do Concelho da Horta, em várias ocasiões de governação regeneradora.

A sua influência estendia-se até ao faialense António José de Ávila Jr., 2.º Marquês d?Ávila e Bolama, que, em Lisboa, protegia os seus correligionários políticos no distrito da Horta e com quem manteve correspondência, assídua e circunstanciada (cf. Faria, 2006).

Próximo do fim da monarquia ter-se-á passado para o Partido Progressista (cf. Baptista, 1908). Em 1917, quando foi presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal da Horta, esteve próximo do Partido Democrático (Faria, 2006).

Cessou a sua actividade política após as eleições municipais de Novembro de 1917 que o Partido Unionista, liderado na Horta pelo médico Manuel Francisco Neves Jr., ganhou.

Em 1901, quando o rei D. Carlos visitou o Faial, era administrador do Concelho, circunstância que lhe valeu ser agraciado com o título de Barão da Ribeirinha por decreto de 27 de Setembro de 1901.

Luís M. Arruda

Obra: (1924), Contribuições para a fauna dos Açores. Anais do Instituto de Zoologia da Universidade do Porto, 1: 1-90.