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Faria, António Maria Holtreman do Rego Botelho de (1.º conde Rego Botelho)

[N. Sobral do Monte Agraço, 28.8.1854 ? m. Angra do Heroísmo, 22.10.1929] Da nobreza angrense, era filho do morgado João Manuel do Rego Botelho de Faria, com vínculos em S. Miguel e na Terceira, o que fez dele um dos maiores proprietários terceirenses do seu tempo. Casou com D. Narcisa das Neves Holtreman, filha do grande proprietário e conhecido jurista e advogado António Maria Ribeiro da Costa Holtreman, o qual salvou da ruína a fortuna do genro, com uma administração criteriosa.

Filiado e grande influente do Partido Regenerador terceirense, casou em 1878 com D. Maria Sieueve de Meneses, a filha do conde Sieueve de Meneses (José Maria) chefe tradicional dos regeneradores. Com a morte do sogro em 1893 chefiou o partido por um ano, mas não mostrou grande apetência para o cargo que abandonou. Manteve-se, porém, na política activa sendo eleito par do reino pelo seu distrito nas eleições de 1890 e 1894. Contudo a sua actividade parlamentar foi apagada. Foi presidente da Câmara de Angra, em 1890, cônsul honorário de Inglaterra e por fim agraciado com o título de conde do Rego Botelho, por decreto de 4 de Janeiro de 1894. Durante a República e até à sua morte foi o chefe da causa monárquica na ilha Terceira.

J. G. Reis Leite

Bibl. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 43-60. Mónica, M. F. (coord.) (2005), Dicionário biográfico parlamentar (1834-1910). Lisboa, Assembleia da República, II: 82-83.