Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Morais, João Cândido de

 [N. Angra do Heroísmo, 7.3.1841 ? Sintra, 10.7.1895] Filho do Dr. Cândido José de Morais, natural de Coimbra, e de Maria Cândida, natural de Vila Franca do Campo, assentou praça em 1858 e foi promovido a alferes, em 1867; tenente, em 1869; capitão, em 1873; major, em 1881; tenente-coronel, em 1885; coronel, em 1891; tudo na arma de Engenharia. Era engenheiro militar.

Empreendedor, foi empresário, nem sempre com êxito, mas fundou a Companhia de Electricidade e o Consultório de Engenharia Civil e Arquitectura, ambos florescentes. Introduziu em Portugal a indústria do fabrico de vitrais.

Foi com a fundação da Companhia de Electricidade que se realizaram em Lisboa as primeiras experiências de iluminação eléctrica.

Foi professor do Instituto Industrial, onde regeu a cadeira de construção de máquinas. Em 1874 foi director das Obras Públicas na Horta. Esteve ao serviço do Ministério das Obras Públicas e foi chefe de tracção na direcção fiscal de exploração de caminhos-de-ferro.

Filiado no Partido Progressista foi eleito deputado pelo círculo da Horta na segunda e terceira eleição de 1870, em 1871 para a legislatura de 1872-1874 e ainda em 1880 e 1881 e par do reino eleito também pelo distrito da Horta em 1887.

Colaborou em diversas publicações científicas, políticas e literárias, mas anónimo, e com o seu nome publicou uma breve notícia da história natural das ilhas dos Açores. J. G. Reis Leite

Obras. (1865), Breve notícia da história natural das ilhas dos Açores. Revista do Século, Lisboa.

 

Fonte. Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, Baptismo da Sé, livro 31 (1840-1860), fl. 17v.

 

Bibl. Dicionário Portugal (1909). Lisboa, Romano Torres, IV: 1279. Rodrigues, V. L. G. (1985), A geografia eleitoral dos Açores de 1852 a 1884. Ponta Delgada, Universidade dos Açores: 80-90, 99-106, 276.