Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Lúcio, Álvaro José Brilhante Laborinho

[N. Nazaré, 1.12.1941] Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores. Licenciado em Direito (1966) e mestre em Ciências Jurídico-Civilisticas pela Faculdade de Direito de Coimbra, tem ocupado diversos cargos na área da Justiça: Delegado Procurador da República nas comarcas de Seia, Fundão e Santarém; juiz de Direito nas comarcas de Oliveira do Hospital e de Tábua; Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra; inspector do Ministério Público; Procurador-Geral Adjunto; director da Escola de Polícia Judiciária; director do Centro de Estudos Judiciários e juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Na área governativa, foi Secretário de Estado da Administração Judiciária (de Janeiro a Março de 1990) e Ministro da Justiça (de Março a Outubro de 1995). Na legislatura iniciada em 1995, assumiu as funções de deputado à Assembleia da República pelo Partido Social Democrata, na condição de independente, tendo sido presidente da Assembleia Municipal da Nazaré a partir de Janeiro de 1994. Na área do ensino e da formação, para além da actividade docente na Escola de Polícia Judiciária e, mais tarde, no Centro de Estudos Judiciários, leccionou a disciplina de Direito Penal II, na Faculdade de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa. Dos vários organismos cívicos a que pertence, ou pertenceu, na qualidade de dirigente ou de membro fundador destacam-se a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Associação Portuguesa de Direito Europeu, a Associação de Criminólogos de Língua Francesa, Associação Portuguesa para o Direito de Menores e de Família, Associação dos Juristas de Língua Portuguesa, a Sociedade Internacional de Criminologia e a Civitas. Como investigador tem publicado inúmeros artigos e proferido conferências no país e no estrangeiro sobre temas relacionados com a justiça, a educação, a cidadania, o direito em geral e «Cadernos Malhoa», três volumes publicados pela Universidade Autónoma de Lisboa. Pela sua acção como Ministro da Justiça no âmbito da União Europeia foi condecorado pelo Rei de Espanha com a Gran Cruz da Ordem de San Raimundo de Peñafort (1995). Como Ministro da República para os Açores foi condecorado com a Grã Cruz da Ordem de Cristo (2005). Foi também premiado na área da Psicologia Judiciária, com o Galardão Afonso Lopes Vieira (1999). Tomou posse como Ministro da República para os Açores em Março de 2003. Para além das funções politico-administrativas próprias do cargo e da importância dada à magistratura de influência que lhe anda ligada, elaborou um estudo exaustivo sobre as condições de funcionamento dos serviços de Justiça e Segurança Interna na Região. No ano de 2005, concebeu e coordenou o «Congresso da Cidadania», com eventos em todos os concelhos do arquipélago. Promoveu, ainda, ciclos de conferências e debates, dirigidos aos jovens do ensino secundário, sobre a Autonomia Regional. Carlos Enes

Obras principais. (1985), Sobre a aplicação do direito. Separata do Boletim do Ministério da Justiça, Lisboa, 348. (1986), O Sistema Judiciário em Portugal ? Uma Perspectiva de Mudança. Lisboa, Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa, Universidade Católica. (1988), El Poder Judicial en la Transicion. Madrid, Centro de Estúdios Constitucionales. (1991), Subjectividade e Motivação no Novo Processo Penal Português. Lisboa, R.P.C.C., 2. (1992), Pour Une Europe Dês valeurs. In Procès Pénal et Droits de l´Homme Vers Une Conscience Europènne. Paris, PUF. (1999), Do fundamento e da dispensa da colação, Lisboa, Vislis. (1999), A Justiça e os Justos. Viana do Castelo, Centro Cultural do Alto Minho. (2002), Emergência Humanitária e a legitimação da Intervenção: a Tensão Entre a Soberania e a Justiça dos Fins. Lisboa, Academia Internacional da Cultura Portuguesa.

 

 

Adenda
Foi até fevereiro de 2012, vogal do Conselho Diretivo da Fundação Centro Cultural de Belém, sendo presidente António Mega Ferreira, foi professor convidado de Direito Penal na Universidade Autónoma de Lisboa e membro do Conselho Geral da Universidade do Minho. Atualmente é Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça e Vogal do Conselho Superior da Magistratura.
Pertence a várias associações, especialmente ligadas às crianças e aos Direitos da Criança, tendo presidido à Assembleia Geral da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família e à Mesa do Congresso da Associação dos Juristas de Língua Portuguesa, bem como Membro do Conselho Geral da Fundação do Gil.
É autor dos romances O Chamador (2014) e O Homem que Escrevia Azulejos (2016). Ranu Costa (2022)