[N. Angra do Heroísmo, 28.9.1862 ? m. ibid., 14.10.1922] Jornalista. Estudou no liceu de Angra e no seminário, revelando desde sempre uma forte tendência religiosa. Foi durante algum tempo capelão-cantor na Sé de Angra e proprietário da Livraria Religiosa, na Rua do Galo, em finais do século XIX. Foi também proprietário de uma casa de comissões e consignações e agente da companhia Fabre. Para além destes afazeres, Vieira Mendes dedicou-se ao jornalismo. Geriu e redigiu O Católico (1876-1886), fundou o Cartão de Visita (1891), de que era redactor, e posteriormente o diário A União (1893), que continua a publicar-se no presente. Empenhou-se nos grandes problemas açorianos e de um modo especial nos da Terceira, nomeadamente a campanha autonomista, acções em prol das casas de caridade, pertenceu a várias comissões de imprensa para a defesa de interesses insulares e dinamizou várias comemorações centenárias. Politicamente, situou-se no campo conservador, tendo sido franquista e nacionalista. No campo editorial foi responsável pela publicação da segunda edição da Topografia da Ilha Terceira e Épocas Memoráveis da Ilha Terceira. Carlos Enes
Bibl. Amaral, J, (1989), No jubileu de ?A União? ? 1893-1943 In Biografias e outros escritos. Angra do Heroísmo, Câmara Municipal de Angra do Heroísmo: 265-267. A União (1922), Angra do Heroísmo, 6 de Outubro.