[N. Angra do Heroísmo, 30.7.1905 ? m. ibid., 3.9.1954] Terminado o curso do liceu na sua cidade natal passou a funcionário da Caixa Económica da Santa Casa da Misericórdia, decidindo posteriormente matricular-se na Universidade de Coimbra onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas (1932). Foi professor efectivo do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, seu vice-reitor e director da Escola do Magistério Primário, anexa aquele liceu.
Deixou memória de um professor notável, de história e de filosofia, pela qualidade pedagógica e entusiasmo das suas aulas, como vários dos seus discípulos mais tarde testemunharem.
Apoiante do Estado Novo, fez uma carreira política breve mas muita intensa e por várias vezes contestada pelos seus companheiros do regime. Foi vice-presidente da comissão administrativa da União Nacional no seu distrito e sucessivamente presidente da Câmara Municipal da sua cidade natal, governador civil substituto, presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral (2 de Janeiro de 1939 a 8 de Março de 1940) e presidente da Junta Autónoma dos Portos, cargo que ocupava quando faleceu.
Fez parte de uma geração de intelectuais que promoveram um renascimento cultural açoriano de inspiração regionalista, sendo sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1942). Colaborou na imprensa angrense, nomeadamente no jornal A União. J. G. Reis Leite
Obra. (1942), O ensino da história segundo o conceito nacionalista Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, I: 123-144.
Bibl. Andrade, M. J. (1996), Políticos Açorianos. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 153. Forjaz, J. e Mendes, A. M. (no prelo), Genealogias da Ilha Terceira. Título de Mendes.