[N. Conceição, Horta, 10.3.1934] Engenheiro Agrónomo e presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral de Ponta Delgada. Após os estudos secundários nos liceus da Horta e Ponta Delgada, licenciou-se em Agronomia (1961), na Universidade Técnica de Lisboa. Como funcionário do Ministério da Agricultura, atingiu a categoria de assessor principal, exercendo, paralelamente, consultoria. Exerceu a sua profissão na área do desenvolvimento rural, da formação profissional agrícola e da gestão da exploração agrícola. Frequentou vários cursos de formação pós-curricular em universidades portuguesas e estrangeiras, participou em colóquios, seminários e visitas de estudo em vários países europeus, bem como missões de serviço, com destaque para Angola. Em relação aos Açores, foi responsável, entre 1969/1974, pelo sector de vulgarização e formação profissional agrícola, da Estação Agrária de Ponta Delgada. Organizou os respectivos serviços, promoveu cursos de reciclagem e formação para técnicos, agricultores e trabalhadores rurais, organizou o programa de rádio rural, «A voz dos Campos», colaborou no Plano de Ordenamento Territorial do Distrito de Ponta Delgada, como consultor para as questões agrícolas. Em 1974/1975, presidiu à Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada. Na área política, aderiu ao Movimento Democrático Português/*Comissão Democrática Eleitoral, em 1974, naquela cidade. Anteriormente, havia liderado a crise académica de 1962, como presidente eleito da Associação de Estudantes de Agronomia. Foi também sócio fundador da Cooperativa Livreira ? Livrelco, que acabou por ser encerrada pela PIDE, fundador e colaborador do jornal *Farol das Ilhas. Publicou numerosos artigos de carácter técnico, ligados à sua actividade profissional, alguns deles relacionados com os Açores, e foi co-autor do livro Que Futuro para os Açores?, editado em 1978, pela Editorial Caminho. Carlos Enes
Adenda
Enquanto presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada procurou desenvolver uma lei do arrendamento rural mais justa. Deixou o cargo por ter recebido um convite do Ministério da Agricultura. Esteve ligado ao Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral até o partido cessar a sua atividade em 1992. Ranu Costa (2022)