[N. Matriz, Horta, (1830?; 1831?) baptizado em 7.4.1832 (Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Registo de baptismos, Matriz da Horta, Liv. 12, fl. 195) ? m. Matriz, Horta, 3.6.1895] Segundo de nome. Médico pela Universidade de Coimbra (1858), foi facultativo municipal e do hospital da Santa Casa da Misericórdia da Horta.
Membro da maçonaria local, foi durante anos presidente da Sociedade Phylantropica Luz e Caridade, do Grémio Litterario Fayalense e da Secção da Sociedade de Geographia nesta ilha. Chefe do Partido Progressista desde a sua fundação, em 1879, teve no jornal O Atlântico (1862-1910) que redigiu, durante muitos anos, o seu órgão informativo (Lima, 1943: 370). Foi deputado às Cortes (1885) e por mais de uma vez chefe do distrito (1879-1881, 1886-1890) (Lima, 1943: 718), sendo então agraciado com a carta de Conselho. Também foi algumas vezes eleito membro da Junta Geral e da Comissão Distrital (Câmara Municipal da Horta, Vereações, Liv. 47, fls. 116-118; Leite, 1995: 201-202; O Telégrafo, 1895).
Em 8 de Junho de 1895, a Câmara Municipal da Horta deu o nome «Conselheiro Medeiros» ao troço entre a praça do Infante e o canto da D. Joana da então denominada rua de S. Francisco que, anteriormente, ia até ao largo do Duque de Ávila e Bolama (Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Câmara Municipal da Horta, Vereações, Liv. 47, fls. 116-118). O Conselheiro Medeiros residiu durante largos anos e faleceu na casa n.º 22 daquela rua (Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Registo de óbitos, Matriz da Horta, Liv. 19, assento n.º 32 de 1895). Luís M. Arruda
Fontes. Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Registo de baptismos, Matriz da Horta, Liv. 12. Id., Registo de óbitos, Matriz da Horta, Liv. 19. Id., Câmara Municipal da Horta, Vereações, Liv. 47.
Bibl. Álbum Açoriano (1903). Lisboa, Editores Oliveira e Baptista: 505 [Conselheiro Manoel Francisco Medeiros]. Lima, M. (1943), Anais do Município da Horta. Vila Nova de Famalicão, Oficinas Gráficas Minerva. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura. Conselheiro doutor Manuel Francisco Medeiros (1895), O Telégrafo, Horta, n.º 513, 5 de Junho.