[N. Matriz, Horta, 31.10.1791 ? m. Madalena, ilha do Pico, 25.9.1876] Primeiro de nome. Médico pela Universidade de Coimbra (1819). Quando estudante nesta Universidade, integrou o Batalhão Académico que lutou contra os franceses quando da segunda invasão. Regressado à Horta, único médico diplomado de então, prestou serviço à Câmara Municipal, ao hospital da Misericórdia e aos conventos, por mais de quarenta anos. Em 1829, destacou-se como argumente das teses filosóficas tendo em vista a nomeação de António José d?Ávila lente de Filosofia Racional e Moral, na ilha do Faial.
De ideias liberais, adepto de D. Pedro IV, no Faial, estabelecido o governo constitucional na ilha com a entrada da divisão comandada por Vila Flor, alistou-se no Batalhão de Voluntários organizado para defesa desta, tendo sido eleito major.
Foi delegado do Físico-mor no distrito (1834), vice-presidente da Junta Governativa, pelo pronunciamento nacional contra o ministério Cabral (1847) e procurador à Junta Geral pelo concelho da Horta (1860-1876). Luís M. Arruda
Fonte. 1 Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Registo de baptismos, Matriz da Horta, Liv. 6.
Bibl. H. (1876), Doctor Emmanuel Franciscus e Maduriis ..., O Atlântico, Horta, n.º 16, 5 de Outubro. Macedo, A. L. S. (1959), Manoel Francisco de Medeiros In Fayalenses distinctos, Boletim do Núcleo Cultural da Horta, 2, 1: 102-104.