[N. Lisboa, 14.9.1869 ?m. Ponta Delgada, 27.7.1936] Era filho de José Carlos May e Amélia Adelaide Viçoso May, estudou Belas Artes em Lisboa, sendo discípulo de Silva Porto.
Casou com D. Maria Cristina May e fixou-se em Ponta Delgada onde exerceu o magistério e influência nos meios artísticos micaelenses.
Foi professor e director da Escola de Desenho Velho Cabral, mas a sua acção reflectiu-se muito para além do ensino. O seu humanismo, a cultura da amizade e, sobretudo, o amor que nutria pelas crianças, embora não tivesse filhos, fez de Viçoso May um dos mais influentes personagens na vida de Ponta Delgada, nos inícios do século XX.
Assim, usando a sua influência, não só procurou criar discípulos na Escola, mas sobretudo dinamizar a vida intelectual da cidade de modo a proporcionar a muitas pessoas o contacto com a beleza e a arte.
Dos seus poucos quadros destacamos Sete Cidades e Moinho de Vento, paisagens, o auto-retrato e o retrato da sua esposa.
Em pequena nota de segunda página, o Açoriano Oriental (1936) lavrava a notícia da sua morte afirmando-o como: «grande amigo e também grande artista, e conquanto não fosse micaelense por nascimento era-o pelo coração pois aqui se consorciara há anos, aqui enraizara o seu pensamento e o seu coração».
Ainda no mesmo periódico pode ler-se: «Com a sua morte São Miguel perdeu um grande amigo, e também um grande artista». José M. Teixeira Dias
Bibl. Açoriano Oriental (1936), n.º 5.244, 8 de Agosto. Andrade, M. J. (1992), Viçoso May. Açoriano Oriental, 17 de Setembro. Barbosa, A. C. B. (1970), Artur Jaime Viçoso May (1869-1936). Ponta Delgada, Ministério da Educação Nacional, Escola Comercial e Industrial de Ponta Delgada.