[N. Ponta Delgada, 17.12.1908 ? m. ?, ?] Pianista e compositor. Era filho do professor e compositor António Tomás de Lima, que chegou a S. Miguel como regente de uma companhia de opereta. O pai casou em Ponta Delgada, onde dirigiu o Teatro Micaelense, mas após ter enviuvado, partiu para o continente, tendo o filho apenas 18 meses. Em Lisboa, Eurico Lima cursou os primeiros dois anos do Liceu Camões, mas preferiu matricular-se no Conservatório, em 1923. Frequentou as classes de piano, dirigidas por Alexandre Rey Colaço, de harmonia, por Hermínio do Nascimento, e Ciências Musicais, por Luís de Freitas Branco. Em 1928, terminou o curso de piano, com louvor, cujo júri era presidido por Viana da Mota.
Foi professor de piano na Academia de Amadores de Música, de Lisboa, lugar que abandonou em 1932, para assumir o cargo de Director Artístico da Academia Mozart, do Porto, fixando-se naquela cidade.
Obteve uma menção honrosa, nos Jogos Florais da Primavera de 1940 organizados pela Emissora Nacional e o 1.º prémio, no ano seguinte, com canção para canto e piano. Muitas das suas canções foram aplaudidas e apreciadas em várias capitais europeias e no Brasil. Fez parte da Secção Portuguesa da Sociedade Internacional de Música Contemporânea, em Londres. Adoptou o folclore como ponto de partida para a criação de música erudita. Participou em tardes musicais na Casa dos Açores de Lisboa e a imprensa micaelense referiu com frequência os seus sucessos. Carlos Enes
Bibl. Açores (revista) (1928), Ponta Delgada, 2.ª série, 8: 1 e 9. Insulana (1965), XXI, 1-2.