[N. Angra do Heroísmo, 11.3.1832 ? m. Lisboa, 14.3.1895] Assentou praça em Artilharia, com 15 anos, em 1847. Foi promovido sucessivamente a 2.o tenente, 1849; 1.o tenente, 1854; capitão, 1860; major, 1872; tenente-coronel, 1875; coronel, 1880; general de brigada, 1890 e reformado em general de divisão.
Foi por muito tempo chefe de repartição do gabinete do Ministério da Guerra, com Fontes Pereira de Melo, sendo um dos seus mais dedicados amigos. Comandou a Escola Prática de Vendas Novas, foi chefe do Estado Maior de Artilharia e governador de Cabo Verde (1876) e das praças de Monsanto e S. Julião da Barra. Em 1891, comandou a 3.a Divisão Militar (Porto).
Na política militou no Partido Regenerador, sendo eleito deputado em sucessivas legislativas. Na eleição de 1869 e na de 1870, pelo círculo uninominal das Lajes do Pico. Para a legislatura de 1871-1874 pelo círculo de Macedo de Cavaleiros e na eleição para a legislatura de 1875-1878, por Lisboa.
Recebeu a mercê de conselheiro e foi condecorado com a comenda da Ordem de Avis e várias ordens estrangeiras. J. G. Reis Leite
Obra. (1868), Relatório acerca do campo de Challons, feito em harmonia com as instruções de que trata a portaria expedida pelo ministério da Guerra de 16 de Julho de 1867. Lisboa, Imprensa Nacional.
Bibl. Dicionário Portugal (1909). Lisboa, Romano Torres, IV: 613. Rodrigues, V. L. G. (1985), A geografia eleitoral dos Açores de 1852 a 1884. Ponta Delgada, Universidade dos Açores: 76-80, 84-86.