[N. Horta, 10.3.1776 - m. ibid., 22.1.1842] Morgado da Terra ou Barão da Alagoa, como era e ficou conhecido, filho de Francisco Inácio Brum Terra e de Joaquina Clara de Noronha, casou com Francisca Paula Terra Brum da Silveira Leite de Noronha, sua prima, filha do morgado, fidalgo e cavaleiro da Casa Real, Doutor de Capelo, João José Brum e de Mariana Victoria de Noronha, da ilha Terceira. Ao grande morgado herdado dos pais reuniu o da sua consorte, ainda maior. Fidalgo cavaleiro da Casa Real por sucessão de seus ascendentes, confirmado por alvará de 30.4.1794, possuindo a patente de tenente-coronel de milícias, em 14.3.1818 foi nomeado capitão-mor da ilha do Faial, por vaga deixada pelo seu primo Jorge da Cunha Brum Terra e Silveira. Adepto da causa liberal, em 1820 fez parte da Junta Governativa da Horta: auxiliou na organização dos batalhões voluntários faialenses que se incorporaram no exército constitucional, desembarcado nas praias do Mindelo; em 1832, após a implantação do regime liberal, foi nomeado pelo Imperador D. Pedro IV coronel de voluntários. Pelos serviços prestados à causa liberal, em 1834, foi-lhe dada a carta de conselheiro, em 1841, D. Maria II agraciou-o com o título de Barão da Alagoa em duas vidas. Também possuía o grau de cavaleiro de Cristo. Luís Menezes (Nov.1995)
Bibl. Album Açoriano, dir. António Baptista, Lisboa, 1903: 450. Lima, M. (1922), Famílias Faialenses (Subsídios para a história do Faial), título Terras, Horta.