Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Furtado, Luís de Moura

 [N. Benfica, 1793 ? m. Lisboa, 4.2.1850] Brigadeiro, comandante da 10.a Divisão Militar. Assentou praça em 1809, sendo ainda nesse ano promovido a alferes e sucessivamente a tenente em 1811; capitão, por distinção no campo de batalha, em 1813; major em 1820; tenente-coronel, pelos serviços nos Açores, em 1831; e coronel, nesse mesmo ano; brigadeiro, graduado em 1837, e efectivo em 1843, sendo reformado, como marechal de campo, em 6 de Julho de 1847.

Fez o curso de engenharia militar na Academia da Marinha, que terminou em 1820.

Participou na Guerra Peninsular, mas não emigrou para a Galiza com os liberais em 1828, indo para o Brasil donde passou, então, em 1829, para Paris, posteriormente para a Inglaterra e para a Terceira, com a mulher, em 19 de Agosto de 1830.

Nos Açores comandou em 1831 o depósito de recrutas da Graciosa e depois da Terceira, foi major chefe do 3.o Batalhão do Regimento de Infantaria 18 e em 1832 seu comandante fazendo parte do *Exército Libertador, vindo ainda a comandar a Brigada de Infantaria Ligeira da Rainha, já no Porto.

Distinguiu-se na batalha de Valongo e em Massarelos, onde foi condecorado com o grau de cavaleiro da Torre e Espada. Acabada a campanha foi comandante da Guarda Municipal de Lisboa, em 1835, chefe da Direcção Militar da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra, comandante do Batalhão de Marinha, em 1837, sendo nomeado, a 30 de Abril de 1838 comandante da 10.a Divisão Militar, com quartel-general em Ponta Delgada, pedindo a exoneração por doença, que lhe foi concedida a 23 de Março de 1843. Regressado a Lisboa foi vogal do Tribunal Militar.

Era condecorado com a Cruz da Guerra Peninsular n.o 1, Cruz de Albuera e Vitória, cavaleiro de S. Bento de Avis e da Torre e Espada. J. G. Reis Leite

Fontes. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), caixa 1907.