[N. ilha Terceira, 1802 ? m. Angra, 28.7.1869] Comendador da Ordem de Jesus Cristo, foi capelão-fidalgo, pregador régio, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, professor do seminário e deão da Sé Episcopal de Angra do Heroísmo, para cuja reconstrução da capela-mor veio a contribuir, com afinco. Foi, durante alguns anos, professor de Gramática Latina, na mesma cidade. Foi um dos introdutores da Imprensa nos Açores (chegando, a pertencer à comissão de organização do Archivo dos Açores, cujo 1.º volume apenas viria a ser publicado já o deão tinha falecido), colaborador na Sentinela Constitucional, jornal político e noticioso e fundou e dirigiu os jornais Íris da Terceira (de que fora também proprietário), de índole cartista, em oposição à Trombeta Açoriana, periódico da Ilha Terceira, jornal eclesiástico, cujo n.º 1 data de 1866, contando com uma vida de 201 números. Participou também no *Clarim Terceirense. Foi um dos cónegos que mais contribuíram para a Biblioteca do Seminário com 400 títulos que lhe doou, e que figuram entre os 1500 volumes de obras teológicas que contém. João Silva de Sousa
Obras principais: Sermão fúnebre, prégado nas exéquias de D. Maria II (Angra do Heroísmo, 22 de Dezembro de 1853). Memória justificativa, a defender-se das acusações A. J. V. Rodrigues Fartura, feitas no Angrense ? Reflexão Importante, rectificação a um artigo publicado por Bernardino José de Sena Freitas (Angra do Heroísmo, 1857).
Bibl. Arquivo dos Açores (1981). Ponta Delgada, Universidade dos Açores, III: 364. Ibid. (1982). Ponta Delgada, Universidade dos Açores, VIII: 422, 524 e 582. Pereira, J. A. (1939), Padres Açoreanos: Bispos, Publicistas, Religiosos. Angra do Heroísmo, União Gráfica Angrense: 44. Silva, I. F. (1862), Diccionario Bibliographico Portuguez. Lisboa, Imprensa-Nacional, 6 [«Dicionário de Inocêncio»].