Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Faro, José Vasconcelos e Sousa Caminha da Câmara F. (e Veiga)

 [N. Lisboa (?), 16.3.1706 ? m. idem, 22.4.1769] 10.o capitão-do-donatário da ilha de Santa Maria por carta de confirmação de 21.10.1734.

Era filho de Afonso de Vasconcelos e Sousa, 7.o conde da Calheta, primogénito do célebre valido de D. Afonso VI, o 3.o conde de Castelo Melhor. Contudo não recebeu a mercê do título de conde de Castelo Melhor. Sua mãe era D. Guiomar de Távora, filha de Bernardino de Távora, reposteiro-mor e senhor das ilhas do Fogo e Santo Antão, em Cabo Verde.

Reuniu na sua pessoa a representação das casas de Castelo Melhor e Calheta e foi capitão-do-donatário e alcaide-mor de Santa Maria, Funchal, Porto Santo, em todas as capitanias absentista.

Durante o seu mandato foi aplicado o decreto pombalino de 4 de Setembro de 1765 que fazia regressar à Coroa os direitos senhoriais, ficando ele reduzido ao honorífico cargo de alcaide-mor das capitanias. Como compensação destas incorporações e perda de privilégios de jurisdição civil e criminal, nomeação de funcionários, direitos banais e rendas, foi elevado a marquês de Castelo Melhor com juro e herdade por duas vidas fora da Lei Mental e para o seu filho o título de conde da Calheta para usar em vida do pai.

Foi conde de Castelo Melhor, por carta de 7.8.1728 e familiar do Santo Ofício por carta de 12.9.1733. J. G. Reis Leite

Bibl. Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (Lisboa), Chancelaria de D. Maria I, liv. 25, fls. 232-276v. Arquivo dos Açores (1981). Ponta Delgada, Universidade dos Açores, IV: 206. Os Botelhos de Nossa Senhora da Vida (1957). Lisboa, ed. do 3.o Visconde de Botelho: 76 [nota 18]. A nobreza de Portugal (1960). Lisboa, Editorial Enciclopédia, II: 506.