[N. Ponta Delgada, 11.11.1855 ? m. Ponta Delgada, 14.11.1942] Filho do conselheiro Eusébio Dias Poças *Falcão. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra em 1877, regressou à sua cidade natal onde era grande proprietário, exerceu aí a advocacia e desempenhou por algum tempo funções de oficial do Governo Civil.
No tempo da Monarquia Constitucional exerceu várias funções políticas como membro do Partido Progressista, de que era influente. Foi presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, em 1902, e grande entusiasta do primeiro movimento autonomista. Eleito como procurador à Junta Geral do novo regime autonomista, foi vice-presidente dessa corporação, em 1905, e seu presidente, entre 1908 e 1910.
Com a implantação da República afastou-se da política, dedicou-se à administração dos seus bens e foi protector de todas as instituições de caridade da ilha de São Miguel ficando assinalado como um dos maiores beneméritos micaelenses. Auxiliou ainda vários estudantes pobres e a Sociedade Afonso Chaves, em memória do Coronel Afonso Chaves de quem fora amigo e condiscípulo.
Recebeu a carta de conselheiro e a comenda da Ordem da Benemerência (1942). J. G. Reis Leite
Bibl. Necrológio in Açoreana (1942). Ponta Delgada, Ed. Sociedade Afonso Chaves, III (I): 74. Leite, J. G. R (1995), Política e Administração nos Açores (1890-1910). O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal da Cultura, 329-330, anexo: 29-30, 60.