[N. Porto, 11.10.1830 ? m. Lisboa, 9.11.1889] Quando estudante em Coimbra, rebentou a revolta da Maria da Fonte, tendo-se então alistado no Batalhão Académico. Acabada a guerra civil, voltou à Universidade, terminando o curso de Direito. Ainda em Coimbra, foi um dos mais influentes da «Revolta do Entrudo». Em 1868 foi nomeado Secretário-Geral do Governo de Macau, para onde embarcou, mas não chegou ao destino devido a doença, regressando a Portugal. Foi inspector da Instrução Primária. Da esquerda do Liberalismo, militou no Partido Histórico, sendo eleito deputado por Damão na legislatura de 1861-64 e por Cinfães na de 1865. Em 1871 abandonou a política activa, mas em 1887 foi eleito Par do Reino pelo círculo de Ponta Delgada.
Escritor e jornalista com colaboração essencialmente no Comércio do Porto e no Diário de Notícias. Foi presidente da 1.a Classe da Academia Real das Ciências e sócio de várias academias em Espanha e França. Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Grã-Cruz de Isabel, a Católica. Visconde de Benalcanfor por decreto de 14.7.1870. J. G. Reis Leite
Obras Principais (1867), Narrativas e episódios da vida política e parlamentar. Lisboa, Tip. Universal. (1876), Na Itália. Porto, Chardron. (1876), De Lisboa ao Cairo. Scenas de viagem. Porto, Chardron. (1882), Apontamentos de um inspector de Instrução Primária. Lisboa, Imp. Nacional.
Bibl. Nobreza de Portugal (1960), Lisboa, Ed. Enciclopédia, II: 416.