[N. Lisboa, 9.3.1806- m. Angra do Heroísmo, 29.1.1892] Veio para a ilha Terceira em 1826, como guarda-livros da Casa do Morgado Teotónio de Ornelas *Bruges, depois 1º Visconde de Bruges e 1º Conde da Praia da Vitória. Com este foi um dos conspiradores do movimento revolucionário de 1828, que estabeleceu a Carta Constitucional em Angra. Em Outubro desse ano foi enviado pela Junta Governativa a Londres com um pedido de socorro a Palmela. No regresso foi feito prisioneiro pelos miguelistas e, mais tarde, enviado para Lisboa, onde ficou encarcerado em S. Julião da Barra até ser libertado em 1833 pelo exército de D. Pedro. Voltou então à Terceira e alistou-se no Batalhão de Voluntários no qual atingiu o posto de capitão. Foi condecorado com a medalha nº 7 das campanhas de liberdade.
Em 1875, quando se estabeleceu a Biblioteca Municipal de Angra do Heroísmo, foi designado bibliotecário da mesma, cargo que ocupou com proficiência até 1889. Casou em 1871 com D. Maria Amélia de Ornelas Bruges, uma das filhas naturais do 1º Conde de Praia da Vitória. J. G. Reis Leite (Jul.2000)
Bibl. Afonso, J. (1961), A Biblioteca Municipal de Angra do Heroísmo. Boletim do Arquivo Distrital de Angra do Heroísmo, I, 5: 268. Lima, G. (1934), Breviário Açoriano, Angra do Heroísmo, Tip. Andrade: 54.