[N. Piedade, Lajes do Pico, ilha do Pico, 22.9.1806 ? m. Angra do Heroísmo, 7.5.1901] Proprietário na ilha do Pico, fixou-se em Angra em data incerta, mas cerca de 1860. Foi um apaixonado defensor da independência dos Açores e no fim da vida escreveu um folheto de síntese do seu pensamento. Defendeu a ideia de que todos os cidadãos tem direito ao governo que lhe dê mais garantias e menos encargos e tal aspiração torna-se um dever obrigatório quando um povo deixa de ser governado por leis justas. Como é o caso do açoriano.
É fácil de ver aqui a influência dos princípios da emancipação dos colonos europeus da América.
Ávila Gomes fundamenta o direito dos Açorianos à independência na desproporcionalidade dos impostos fixados por serem mais elevados nas ilhas do que em Portugal, na desigualdade das garantias, na injustiça das leis, na ingratidão da metrópole e na péssima administração governamental.
António Ávila Gomes foi pai dos dois oficiais de Marinha Manuel de Azevedo *Gomes, Amaro de Azevedo *Gomes e de Francisco de Azevedo Gomes, sogro de Vitorino Nemésio. J. G. Reis Leite
Obra. (1892), A Independência Açoriana e seu Fundamento. Angra do Heroísmo, Typ. Minerva da Livraria Religiosa ? Há uma edição fac-similada. S.l. [Ponta Delgada], s.d. [1975], s.e. [Reinar Darhnart].
Bibl. Nemésio, G. (1987), Azevedos da Ilha do Pico. Lisboa, Ed. do Autor: 159.