[N. Estugarda, 16.2.1787 ? m. Reutlinga, 20.2.1860] Pastor protestante municipal e professor de botânica no magistério primário, desde 1824, em Eslinga-do-Necar (Áustria) (Wilhelm, 1997). Integrando a primeira exploração científica do arquipélago, chegou aos Açores, acompanhado de seu filho Carlos e de Rudolph Gygax, mineralogista suíço, e de Heinrich Joseph *Guthnick, tendo visitado as ilhas de S. Miguel, Terceira, Faial, Flores, Corvo e Pico, de Abril a Agosto de 1838. Foi por esta expedição que as ilhas das Flores e do Corvo foram exploradas pela primeira vez, dos pontos de vista botânico e mineralógico. Para tanto contribuiu o cônsul dos Estados Unidos da América na Horta, Charles William Dabney, transportando estes naturalistas àquelas ilhas no seu iate Esperança. Em Ponta Delgada, foram auxiliados pelo Barão das Laranjeiras, pelos irmãos Hintze, pelo cônsul britânico William Read e pelo cônsul borússico Scholz.
Em colaboração com Moritz Seubert, Christian Hochstetter publicou o primeiro trabalho resultante desta expedição (Seubert e Hochstetter, 1843). [ver Guthnick, Heinrich Joseph]. Luís M. Arruda
Bibl. Palhinha, R. T. (1947), Explorações botânicas nos Açores. Boletim da Sociedade Broteriana, (2.a), 21: 37-52. Seubert, M. e Hochstetter, C. (1843), Uebersicht der Flora der Azorischen Inseln, Wiegmanns Archiv für Naturgeschicht, 9, 1: 1-24. Wilhelm, E. A. (1997), Visitantes e Escritos Germânicos da Madeira: 1815-1915. Funchal, Secretaria Regional do Turismo e Cultura, Direcção Regional dos Assuntos Culturais.