(M. José de A.) [N. Horta, 22.3.1776 - m. Macau, 13.12.1824] Filho de José d?Arriaga Brum da Silveira e de Francisca Josefa Borges da Câmara, irmão de Sebastião José de Arriaga Brum da Silveira, casou em Macau em 1808 com Ana Joaquina d?Almeida, filha dos barões de S. José de Porto Alegre. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, iniciou a sua carreira aos 24 anos como juiz do crime do bairro da Ribeira, Lisboa (decreto de 9.5.1800), sendo promovido passados dois anos a desembargador da Relação da Índia, com o cargo de ouvidor-geral de Macau. Neste território, revelou-se um hábil político e diplomata no exercício das suas funções governativas. Considerado nesta qualidade como protagonista de um período de grande florescimento de Macau, a ele se liga o desenvolvimento do comércio marítimo com outros portos da Ásia, o estabelecimento de carreiras directas de Macau para o Brasil, com isenção de direitos aduaneiros para os produtos da China propriedade dos moradores de Macau, e o fomento da emigração de chineses para o Brasil com a intenção de promover ali a cultura do chá. Foi do Conselho de Sua Majestade e da Real Fazenda, alcaide-mor da vila da Horta, ilha do Faial, por mercê honorária concedida por carta régia de 25.6.1812; em 1816, nomeado conselheiro da Fazenda; comendador das Ordens de Cristo, Conceição e Torre e Espada; fidalgo cavaleiro da Casa Real; desembargador dos agravos da Casa da Suplicação do Brasil, e ouvidor-geral. Luís Menezes (Nov.1995)
Bibl. Lima, M. (1922), Famílias Faialenses (Subsídios para a História do Faial), título Arriagas. Horta, Tip. Minerva Insulana. Id. (1940), Anais do Município da Horta. Famalicão, Of. Gráficas Minerva. Serpa, A. F. (1910), Dados Genealógicos e Biográficos d´Algumas Famílias Fayalenses. Lisboa, Liv. Ferin: 68-92.