Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Cabreira, Sebastião Francisco Drago Grim

(barão da Batalha) [N. Faro, 4.10.1809 - m. Paris, 12.11.1868] Filho do general Sebastião Drago Valente de Brito *Cabreira, assentou praça em 1820, sendo ainda nesse ano alferes e ficando ajudante do pai, que comandava o exército do sul, nomeado pela Junta do Porto. Tenente em 1827, emigrou no ano seguinte para a Galiza da sequência da derrota dos liberais e daí seguiu para Inglaterra. Em 1828 alcançou a Terceira, onde desembarcou em 2 de Dezembro em Angra, acompanhando o pai e o tio (o general Deocleciano *Cabreira), idos em auxílio dos revoltosos de Caçadores 5, que se haviam levantado na cidade pela legitimidade de D. Maria II. Fez a campanha dos Açores, participando com os Caçadores 5 no recontro do Pico Celeiro, na acção da Vila da Praia (Agosto de 1829) e na conquista, por Vila Flor, das ilhas do Faial, Pico e S. Jorge e depois S. Miguel, em 1831. Desembarcou como exército liberal no Mindelo e bateu-se bravamente no cerco do Porto, estando presente em todas as acções mais perigosas (Valongo, Ponte Ferreira e Souto Redondo). Em 1832 foi promovido a capitão, comandando a companhia de Caçadores 5 que atacou o Cotovelo, ficando ferido. Foi dos descontentes com o arranjo político de Évoramonte, que beneficiava os miguelistas e, por isso, foi destacado para Valença do Minho. Major em 1837, foi chefe de Estado-Maior da 2ª Divisão. Tenente-coronel em 1847, foi destacado de novo para os Açores à testa do Batalhão de Caçadores 5, onde fora de novo colocado.

Foi eleito deputado pelo círculo de Ponta Delgada para a legislatura de 1848 a 1850.

Coronel, em 1850, apoiou Saldanha no golpe da Regeneração, distinguindo-se. Brigadeiro em 1851, foi comandante da 2ª Brigada Militar e governador da Torre de S. Julião da Barra, onde ergueu o monumento a Gomes Freire. Comandou a Praça de Abrantes entre 1857 e 1862. Major-general em 1864, foi em 1865 comandante da 10ª Divisão Militar, até 1868. Nesse ano foi enviado em missão a França.

Foi agraciado com o título de barão de Nossa Senhora da Vitória da Batalha (abreviadamente barão da Batalha) por decreto de 2 de Junho de 1851, de D. Maria II. J. G. Reis Leite (2001)

Bibl. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), Cx. 795. Nobreza de Portugal (1961), Lisboa, Ed. Enciclopédia, III: 57.