[N. Faro, 6.1.1763 ? m. Porto, 3.6.1833] Bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra, era tenente, em 1784, do Corpo de Artilharia do Algarve, onde se alistara em 1777. Foi 1º tenente em 1791, capitão em 1800, tenente-coronel em 1808, coronel em 1815, brigadeiro em 1820 e marechal-de-campo em 1833.
Fez a campanha do Rossilhão, as campanhas contra os franceses e a Guerra Peninsular. Comandou a restauração do Algarve, contra os franceses, em 1808, expulsando os invasores daquele reino e do Alentejo. Estava no Porto quando se formou a Junta Governativa, da qual fez parte, sendo um exaltado vintista, célebre em Lisboa. Emigrou para Inglaterra e daí foi enviado, por Palmela, para a Terceira, em auxílio do governo provisório instalado na ilha depois da revolta de Caçadores 5, que em 22 de Junho de 1828 restabeleceu a Carta Constitucional. Quando, em Março de 1829, o seu irmão Deocleciano Leão de Brito *Cabreira se demitiu da Junta Governativa naquela ilha, foi escolhido para ser o novo presidente, cargo que ocupou até à ida de Vila Flor como capitão-general, em Junho de 1829, assumindo a responsabilidade política de vários actos extremos levados a cabo na Terceira, nomeadamente execuções de sentenças de morte.
A regência, estabelecida na Terceira, nomeou-o, em 27 de Março de 1830, presidente do Conselho de Justiça, tribunal máximo então estabelecido. Durante as ausências de Vila Flor, em campanha, assumiu ele o comando das forças estacionadas na Terceira e em 1831 foi nomeado comandante-geral da Artilharia e nesse posto desembarcou no Mindelo. Em 1832 foi encarregado do governo de Armas da Província do Minho e da Cidade do Porto, posto em que morreu.
Era comendador de Avis e honorário da Torre e Espada. J. G. Reis Leite (Fev.2001)
Bibl. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), Cx. 1877. Drumond, F. F. (1981), Anais da Ilha Terceira. 2ª ed., Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura, IV: 1446 e segs. Martins, R. (1933), Vultos e Sombras. Curiosa Fisionomia do Bravo General Drago Cabreira. Lisboa.