N. Lagoa, ilha de S. Miguel, 4.9.1869 ? m. Ponta Delgada, 4.9.1939] É principalmente conhecido com o nome abreviado de Manuel da Câmara, com que publicou muita da sua obra. Foi jornalista, escritor e político sendo hoje conhecido como contista.
Deu início à vida literária nos jornais da sua cidade natal, no fim do século e foi, em Lisboa, redactor do Jornal de Lisboa, dirigido pelo micaelense Armando da Silva, frequentando na capital a boémia elegante. Acabou por regressar às ilhas e ingressar no funcionalismo público, na área das Finanças.
Na Lagoa, onde foi administrador do concelho, fundou o Vigilante, em 1905 e em Ponta Delgada, O Distrito. Parte da sua vida foi passada na cidade da Horta, onde foi nomeado governador civil durante o consulado sidonista (1918-1919).
Na sua obra literária é-lhe reconhecida uma prosa elegante e esmerada que usou nos contos e narrativas de temática regional. J. G. Reis Leite (Mar.2001)
Obras Principais (1917), Vinte Contos Insulanos: Narrativas Açorianas. Horta, Tip. O Telégrafo. (1924), Uma Mística Açoriana do século XVII. Ponta Delgada, Ed. da revista Os Açores. (1930), Antero de Quental e a sua Morte. Ponta Delgada, Tip. Diário dos Açores.
Bibl. Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (1994), Lisboa, Europa-América, III. Manoel, J. F. M. (1985), Câmara de Mello Cabral. Anuário da Nobreza de Portugal. Lisboa, Instituto Português de Heráldica, II, 3.