[N. Ponta Delgada, 10.3.1873 - m. Lisboa, 28.1.1934] Militar. Alistou-se na Armada em 1890, sendo guarda-mor em 1893, 2º tenente em 1895, 1º tenente em 1902, capitão-tenente em 1915, capitão-de-fragata em 1917, capitão-de-mar-e-guerra em 1929 e comodoro em 1931.
Ficou na
História principalmente por duas facetas da sua vida, como administrador colonial e como dirigente e conspirador de extrema-direita. Como colonialista, foi governador de Timor entre 1911 e 1918, governador de Angola em 1918 e alto comissário na mesma colónia, entre 1928 e 1930, quando foi exonerado na sequência de uma revolta.
Como dirigente político e conspirador, começou por participar nas tentativas no após Primeira Guerra, para derrubar a República. Chefiou o golpe falhado de Abril de 1925 e em 1929 chefiou outra conspiração, a dos ?fifis?, que pretendia colocá-lo como ditador. Foi dirigente da Cruzada de Nuno Álvares, de inspiração fascista, ministro das Finanças no consulado de Gomes da Costa, em 1926, e membro do directório do Partido Nacionalista.
Em 1925, no rescaldo do golpe falhado, foi desterrado para Ponta Delgada, sendo então eleito deputado por aquele círculo nas listas do Partido Regionalista, na VI e última legislatura da República. J. G. Reis Leite (Fev.2002)
Bibl. Rosas, F. (ed.) (1996), Dicionário de História do Estado Novo. Lisboa, Círculo de Leitores, I: 109. Andrade, M. J. (1996), Políticos Açorianos. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 67. Meneses, L. M. N. (1992), As Eleições Legislativas de 1921 a 1925 no Arquipélago dos Açores. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura.