(D. fr.) [N. Angra, ilha Terceira, antes de 1520 ? m. ?, 4.4.1553] Filho de Álvaro Peres Estaço e de D. Aldonça Martins, foi eremita de Santo Agostinho, cujo hábito recebeu no convento de Salamanca onde estudava no ano de 1520. Foi discípulo de S. Tomás de Villanova, cujo ensino o habilitou para todas as vertentes. Mestre em Teologia, em 1539, deslocou-se, como missionário, para as Índias Ocidentais com o objectivo de propalar o Evangelho em missões ad hoc, vindo a aceitar o lugar de vigário provincial da Província Religiosa do México, em 1545. Neste ano, o vice-rei do Peru, D. António de Mendonça, nomeou-o seu confessor e cometeu-lhe o governo eclesiástico que aproveitou para a reforma dos costumes indígenas. Regressou a Espanha, em 1552, foi eleito por Filipe Prudente, Bispo de Puebla de los Angeles, sufragânea dos bispados do México, cuja dignidade não logrou exercer, dado que faleceu a 4 de Abril de 1553. Quando Vigário Provincial, publicou: Constituições salutares para o governo religioso ? Memorial dos singulares favores e benefícios que da Mão Divina (s.l., s.d. [1545-1546]). João Silva de Sousa
Bibl. Brulio, I. (s.d.), Historia Peruana. s.l., s.e., Pte. 3, caps. 38-39. Cordeiro, A. (1717), Historia Insulana das ilhas a Portugal sujeitas no Ociano Ocidendal. Lisboa. Of. de António Pedroso Galram, cap. 41, n.º 414. Elffiu, N. (s.d.), Exercitui S. P. Ignatii coloniae apud Hermannum Domeu. S.l. Machado, D. B. (1966), Bibliotheca Lusitana. Coimbra, Atlântida Ed., II: 651-652. Pereira, J. A. (1939), Padres Açoreanos (Bispos ? Publicistas ? Religiosos). Angra do Heroísmo, União Gráfica Angrense: 9. Sousa, A. C. (1742), Cathalogo dos Bispos Portugueses que tiverão Diocese fora do Reyno. Lisboa: 170.