[N. Baião, 15.1.1863 - m. Lisboa, 11.12.1956] Também conhecido por António Cabral. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (1886). Exerceu as funções de delegado do procurador régio na comarca de Moncorvo em 1889-96. Em 1899 foi nomeado subdirector da Penitenciária Central de Lisboa. Eleito deputado pela primeira vez, em 1897, pelo círculo de Braga e, depois, pelo círculo de Angra do Heroísmo sucessivamente nas legislaturas de 1902-4; 1904; 1905-6; 1906; 1906-7; 1908-10. Não tinha qualquer ligação especial aos Açores, onde aliás nunca esteve. Era um dos típicos deputados impostos pelos marechais do Partido Progressista aos círculos da Província. Foi ministro das Obras Públicas no governo de José Luciano de Castro (1905-6) e da Marinha e Ultramar, no governo de Campos Henriques (1908-9). Depois da implantação da República, foi afastado do lugar da Penitenciária de Lisboa, passando a dedicar-se exclusivamente às letras, de que era desde há muito cultor. A partir de 1914, inicia a publicação de vasta bibliografia. J. G. Reis Leite (Jun.1997)
Bibl. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (s.d.). Lisboa, Ed. Enciclopédia, 5: 301. Leite, J. G. R (1995), Política e Administração nos Açores de 1890-1910. Ponta Delgada, ed. Jornal da Cultura.