[N. Lisboa, 12.1.1861 - m. Ponta Delgada, 5.9.1927] Era filho do segundo-tenente João de Sousa Alvim. Fixou-se em S. Miguel em 1867 e, após outras experiências profissionais, seguiu a carreira administrativa: amanuense da administração do concelho de Ponta Delgada (1882), administrador do concelho da Ribeira Grande (1892) e, finalmente, bibliotecário-director da Biblioteca Pública Municipal de Ponta Delgada, cargo para o qual foi nomeado por decreto de 17.5.1897 e que exerceu até falecer. Quando já residia em Ponta Delgada, viu-se envolvido num processo de suspeita de envenenamento e furto praticados nas pessoas e bens de António de Matos e Júlia Querubina, pelos anos de 1887-89, tendo editado, a esse respeito, um opúsculo intitulado Desaggravo (1891). Colaborou em diversos jornais, como o Heraldo e A Actualidade, ambos de Ponta Delgada, e na Bibliotheca Açoriana, de Ernesto do Canto. Activo investigador, deixou manuscritos diversos apontamentos genealógicos e biobibliográficos, nomeadamente uma importante colecção de fichas de padres micaelenses, contendo os dados que recolheu referentes a cada um dos indivíduos registados. Terá também preparado um dicionário biobibliográfico. A documentação produzida e organizada por Alexandre de Sousa Alvim está presentemente depositada na Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, em fundo com o seu nome. José Damião Rodrigues (Out.1996)
Bibli. Alvim, A. S. (1891), Desaggravo. [Ponta Delgada], Typ. do Campeão Popular. Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada (1995), Divisão de Arquivo. Guia de fundos documentais (provisório). Ponta Delgada, BPAPD (policopiado). Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (s. d.), Lisboa-Rio de Janeiro, Ed. Enciclopédia, 29: 869-870.