[N. Sintra, 31.7.1889 - m. Lisboa, 22.4.1947] Filho do terceirense Eduardo Augusto da Rocha Abreu e de D. Adelaide de Menezes de Brito do Rio. Desde muito jovem aderiu aos ideais da República, tendo participado na propaganda e na revolução de 5 de Outubro de 1910. Foi um dos fundadores do Centro Democrático Académico de Lisboa e foi eleito deputado à Assembleia Constituinte de 1911, pelo círculo n.º 5 (Barcelos). Contava apenas 22 anos de idade. Conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa, professor do ISCEF em Lisboa, professor de Direito Aduaneiro na Escola Superior Colonial, governador civil de Braga por duas vezes, nos governos do general Pimenta de Castro e do major Sidónio Pais. Era comendador da Ordem de Cristo (1930). Por motivos de ordem política (oposição à Ditadura Militar e ao Estado Novo) foi preso e deportado para Timor (Ataúro), de onde conseguiu fugir, em circunstâncias aventurosas, juntamente com outros dois prisioneiros: Utra Machado e Maia Monteiro. Foi ter à Austrália e depois de sucessivas viagens acabou por aportar a Barcelona, onde ficou a trabalhar no escritório de um advogado. Decorrido cerca de um ano e meio, beneficiou de uma amnistia e pôde então regressar a Portugal, vindo a desempenhar as funções de gerente da Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, ao mesmo tempo que se preparava para retomar a sua actividade docente. António Maria Mendes (Fev.1998)