[N. Graciosa, 13.3.1850 - m. Angra, 12.3.1907] Era filho do desembargador António Maria de Albuquerque Couto e Brito, à data do seu nascimento delegado do procurador régio na Graciosa, e de D. Maria Amélia de Bettencourt Silveira e Brum Labath, filha duma importante família local. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra em 1873, regressou logo depois à sua ilha de origem, onde exerceu o cargo de juiz substituto. Em 1895 mudou-se para Angra do Heroísmo, a fim de poder seguir mais de perto a educação dos seus filhos. Nesta cidade exerceu advocacia e foi professor do liceu local, estabelecimento do qual foi reitor entre 1895 e 1900, e de novo entre 1904 e 1906. Foi igualmente jornalista, fundador e director do jornal Ilha Graciosa, em 1901-1907, pugnando com vigor pelos interesses locais. Tendo militado no Partido Regenerador até à morte de Fontes Pereira de Melo, em 1887, acompanhou posteriormente a cisão da Esquerda Dinástica do seu antigo mestre de Coimbra, Barjona de Freitas. Como presidente da subcomissão autonómica da Graciosa em 1893, defendeu esta causa com grande convicção. Apesar de ter abandonado a vida partidária, nunca deixou de intervir publicamente, tendo sido simpatizante do franquismo e do Partido Progressista de José Luciano de Castro, pelo qual foi eleito procurador à Junta Geral de Angra em 1904. Paulo Silveira e Sousa (Jul.1996)
Bibl. Leite, J. G. R.(1995), Política e Administração nos Açores de 1890 a 1910, o Primeiro Movimento Autonomista, Ponta Delgada, Ed. Jornal de Cultura, Anexos: 42-43. Dias, U. M. (1931), Literatos dos Açores. Vila Franca do Campo, Emp. Tip. Lda.: 791-792.