[N. Saint-Malo, França, 1673 ? m. Paris, 1736] Com 16 anos apenas iniciou-se na actividade corsária e aos 20 anos comanda o Profond com 32 canhões. A notoriedade alcançada nas várias missões que desempenhou e os serviços deste corsário à causa da França de Luís XIV, credenciá-lo-iam junto da corte, ingressando nos quadros da marinha em 1697 como capitão de fragata. No decorrer da Guerra da Sucessão de Espanha iniciada em 1702, regressa ao corso empenhando-se nos ataques às frotas do Brasil. As embarcações portuguesas tornam-se, por isso, alvo preferencial já que Portugal apoiava o arquiduque Carlos, um dos pretendentes ao trono de Espanha contra os interesses franceses. É no âmbito daquela estratégia de vigilância activa das frotas vindas do Brasil que René Duguay-Trouin se desloca, em 1708, para as proximidades da ilha Terceira na espera dos navios com origem naquele domínio português. A longa espera dos 11 navios da esquadra acabaria por impor o ataque à ilha de S. Jorge onde, a 20 de Setembro de 1708, desembarcou numeroso grupo armado, saqueando casas e templos da vila das Velas durante 5 dias. O súbito desencadear de um temporal obrigou a esquadra a uma partida precipitada. Uma vez mais, a defesa esboçada pelos habitantes e o fogo da precária artilharia das arruinadas defesas dispersas em torno das costas das ilhas dos Açores com menor relevância económica, provava ser incapaz de garantir a segurança das populações e dos seus haveres. Ricardo Madruga da Costa (Jan.2003)
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