[N. Troyes, França, 27.11.1829 ? m. Dijon, França, 16.3.1900] Ocupou diversos lugares na administração pública em França e no ultramar. Depois de reformado, fixou-se em Dijon, retomando o seu lugar na Academia para onde tinha sido eleito em 1868. Os seus estudos tiveram por objectivo principal os moluscos acéfalos de água doce com que adquiriu projecção internacional.
Em 1857, acompanhou Arthur Morelet numa viagem científica aos Açores, a mais extensiva de todas até então realizadas neste arquipélago, pois apenas a ilha de S. Jorge não foi incluída na lista de escalas. Deu atenção à fauna e à flora e os resultados das suas observações foram publicados quer individualmente (Drouët, 1958, 1861, 1866) quer em co-autoria com Morelet (1857). Se as obras sobre moluscos vieram colmatar lacunas importantes no conhecimento científico do arquipélago, aquela sobre as espécies botânicas inclui imperfeições atribuíveis à formação zoológica do autor que, todavia, não lhe reduzem o interesse.
A atenção do naturalista foi ainda para diversos aspectos da vida açoriana que estão fixados no itinerário da viagem (Drouët, 1866). Luís M. Arruda (2003)
Obras sobre os Açores (1857), Conchologie Azoricae prodomus novarum specierum diagnoses sistens. Journal de Conchologie, (2), 2, 6: 148-153 [com A. Morelet]. (1858), Mollusques marins des îles Açores, Mémoires de la Société Academic de l?Aube, 22: 1-53. (1859), Coléoptères açoréens, Revue et Magazine de Zoologie, (2) 11: 248. (1861), Éléments de la Faune Açoréenne. Paris, J.-B. Baillière & Fils. (1866), Catalogue de la Flore des îles Açores précédé de l?itinéraire d?un voyage dans cet archipel. Paris, J.-B. Baillière & Fils.
Bibl. Dautzenberg, Ph. (1901), Nécrologie, Henri Drouët. Journal de Conchyliologie, 49: 71-73.