Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Cunha, Francisco Maria da

 [N. Angra, 22.12.1832 ? m. Lisboa, 13.1.1909] Só pode ser considerado açoriano pela circunstância de ter nascido em Angra, durante a estada do pai como militar nesta cidade. Daqui saiu com meses de idade, só voltando em 1899, para uma visita.

Militar e político, foi figura proeminente da segunda metade do século XIX. Oficial de artilharia, atingiu o posto de general, tenso sido eleito comandante geral da Artilharia (1893), director do Colégio Militar (1883), e comandante da 1ª Divisão (1896). Foi, também, ajudante-de-campo do rei D. Carlos (1895-1902).

Fez parte da carreira no Ultramar, comandando o Batalhão de Macau e dirigindo as Obras Públicas (1867), governando Moçambique (1880) e o Estado da Índia (1892).

Como político, membro destacado do Partido Progressista, foi várias vezes eleito deputado entre 1863 e 1872 e ocupou a cadeira de Ministro da Guerra num dos governos de José Luciano de Castro, em 1897. Foi Par do Reino por eleição, em 1881.

Foi Comendador da Torre e Espada e Ordem de Cristo e Grã-Cruz da Ordem de Avis e Estrela Brilhante do Zanzibar. J. G. Reis Leite (Fev.2001)

Bibl. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cx. 1164. Merelim, P. (1996), Açorianos Ministros do Estado. Angra do Heroísmo, ed. do autor: 44-46.